Lá na rua que era tua,
la na rua esperança.
Tu, orquídea brincava
de pega-pega e ciranda.
Lá naquela velha praça
contigo ela tinha graça.
Contigo ela tinha voz.
Mas por atroz,
desdém do destino,
garbosa Orquídea...
Tua existência tomou declínio.
Tu que era cantoria,
tu que gozava salubridade plena,
tu Orquídea, triste Orquídea,
foste a queda, foste a lata...
lata de lixo... Orquídea.
Nas vielas da cidade espécie...
murmurava tua voz,
que pedias? que pedias?
que a dor morresse?
que o sono vinhece?
que Cristo cantasse,
a canção que tua mãe,
te adornava.
Oh Orquídea, Oh Orquídea.
Tu pensavas! Tu pensavas!
Que a rua e a praça,
eram tuas... oh Orquídea,
triste Orquídea.
Mais que engano,
tu tomaste menina.
Lá na rua que era tua.
Lá na rua esperança.
Agora tu já não chora.
Agora tu canta e dança.
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Coletânea de Poemas - Os meus e os dela
Poésie#8 poemas - 16.07.2021 #10 poemas - 11.07.2021 [L] Coletânea - Os meus e os dela Participação especial da co-autora Francisca Silva.