(01) O seu estilo de vida.

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A dança.

A arte de expressar algo pela a dança é completamente indescritível. Tanto quanto os sentimentos, e tanto quanto os aproveitamentos.

Você dança pelo o prazer de estar ali, você dança pelo o gostar de estar ali.

Você dança por se sentir diferente. Você dança para liberar sentimentos que não são fáceis de serem absorvidos em certas situações.

É uma forma de enxergar as coisas diferentes.

Para o bailarino, é a melhor forma de se expressar algo. As vezes as atitudes, falam mais que as palavras.

Se a vida me deu um motivo pra continuar no mundo, eu creio que seja pela a dança que estou aqui. No ballet, nós fazemos com garra, mas ao mesmo tempo com insegurança e medo.

Dança, roda, gira, pula, olha os braços leves, salte mais, fique no balance.

Isso tudo é desgastante, mas ao mesmo tempo bom, pois a partir do momento que você ama algo, você não quer parar de forma alguma, pois sabe que essa é a única e a melhor saída que tem. Desistir da dança não é uma opção. Não pra mim.

Mas não posso mentir, já foi uma opção, e fico feliz que eu tenha chegado até aqui. Que aliás, eu não faço a mínima ideia de como as coisas desenvolveram, porque quando você menos espera o mundo já deu uma volta inteira e você... não. Então é algo que no momento demora muito, mas você fica tanto tempo naquilo, que quando vai ver já está preso a séculos, pode ser da melhor forma, ou da pior.

Sou universitário da Simon School, uma faculdade muito boa que fico feliz que eu estudo nela, e bom, faço a área de dança, e estou no começo do terceiro ano. Não foi fácil, sabe? Chegar até aqui, tenho um passado assustador causado por mim mesmo e a dança está envolvida nisso, porque é muito difícil quando você quer algo que parece estar tão longe e ao mesmo tempo tão perto. E nesse momento estou na aula prática, enquanto Oliver, meu professor, me corrige.

Professores de dança são bem exigentes, e completamente rudes, mas se não fossem assim, como iríamos aprender? Damos tudo de nós na dança, e por causa desses professores que estamos aonde estamos. Então fazer algo contra ele não é uma opção muito boa pra si.

— Faça novamente, abra os joelhos e não deixe o arco do seu pé cair. — Olha para mim, esperando o movimento ser feito novamente, depois de feito, ele me olha por cima de seus cílios acabados, e sorri.

É geralmente isso que passamos, eu estou acostumado! De verdade, fico até feliz quando me corrigem porque é sinal que estão prestante atenção em mim. Mas sim, professores de dança sempre tem um lado babaca.

Eu sei que estou fazendo o passo certo, mas mesmo assim me corrige como se eu não soubesse o que fazer. Como se eu não fosse capaz. E bom, o ballet tem esse lado, também.

E é isso que faz a gente tentar ser a cada dia melhor. A garra, determinação, a confiança de que na próxima aula você irá surpreender o professor. Tem vezes que nós fazemos isso pelo os outros, e nem sabemos que não estamos olhando para nós mesmos.

— Como foi a aula Jimin? — Jin me pergunta, depois de me ver saindo da sala com a cara visivelmente acabada, se apoiando nos armários e me olhando de cima a baixo com uma cara de nojo. As vezes ele vem até a parte de dança e fica me esperando no camarim (escondido e quando não tem ninguém porque essa parte é só pra bailarinos) — Você precisa de um banho.

Além do Preto e Branco. • PJM + JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora