Sem Limite Para Amar

Capitulo 03

Marcos viu que seu filho estava com roupas sujas e rasgadas, de uma maneira deplorável.

- O que você fez consigo mesmo? O que você fez! - Marcos gritou pegando nos braços de Bruno e olhando pra ele.

- A culpa é sua, sua por nunca ter se importado com sua familia, culpa sua por sempre gastar seu tempo com suas vagabundas e esquecer eu e a mamãe dentro de casa! - Gritou Bruno.

- A sua mãe morria de preocupação era com você! Você e sua droga acabaram com ela, acabaram comigo! Essa droga desgraçada que fez isso com você! - Gritou Marcos com os olhos cheios de lágrimas.

- A culpa de eu ser assim é sua, do péssimo exemplo de pai que você foi pra mim! - Gritou Bruno.

Irritado, Marcos deu um soco em seu filho que caiu no chão, com a mão em seu rosto, Bruno olhava para seu pai que retribuía o olhar, olho no olho.

Bruno levantou-se do chão e falou.

- Eu vergonha de ser seu filho, você nunca cuidou de verdade, nunca se preocupou de verdade, nem comigo e nem com a minha mãe, ela morreu por sua culpa!

Marcos pegou pelas vestes de Bruno e falou.

- O que você sabe sobre cuidado muleque?! O que você sabe sobre familia?!

- É pai, faz total sentido, eu não sei nada sobre cuidado, nada sobre familia, eu sobre a falta de tudo isso, até por que você me ensinou a falta disso tudo papai. - Falou Bruno. - você foi tudo, menos um pai de verdade, um pai que eu sempre sonhei.

Marcos soltou Bruno que saiu dali chorando.

Na mansão, Agatha desceu as escadas toda arrumada, Lucas viu e falou.

- Onde você está indo? Toda arrumada assim.

- Resolver um problema. - Falou ela. - avisa o seu pai que amanhã estou de volta.

Ela foi embora, Lucas apenas olhou achando estranho a atitude dela.

Na empresa, Gustavo estava em sua sala lendo uns documentos, logo seu celular tocou, ele atendeu.

- Amor. - Falou a voz no outro lado da linha.

- Milena, o que você quer? - Indagou ele. - não estou vivendo dias tão fáceis.

- A gente precisa conversar, sei lá, se ver um pouco poxa. - Falou Milena. - ou será que nem isso você pode?

- A noite no restaurante de sempre, pode ser? - Falou ele.

- Tudo bem, te amo. - Falou ela desligando o celular.

Gustavo olhou para o celular e colocou calmamente na mesa, respirou fundo e falou.

- O que eu fiz? O que eu fiz?

Marcos chegou em seu apartamento ao lado de seu amigo Albieri, com raiva ele falou.

- Como pode? Agora aquele pirralho vem cobrar coisas minhas? Fazer um barraco daquele sem necessidade alguma!

- Meu amigo, eu lhe conheço e não é de hoje, e você sabe muito que eu falo a verdade, põe a mão na consciência, qual foi a ultima vez que você conversou com seu filho? Qual foi a ultima fez algo diferente para sua esposa, uma surpresa, um carinho de verdade, não tô falando de quando ela tava doente, tô falando de antes. - Falou Albieri.

- Você não entende de nada Albieri. - Falou Marcos sentando no sofá.

- Entendo, o que você sente é nada mais, nada menos que remorso, isso dói, dói muito, sabe porque? Por que você teve a chance de fazer algo bem melhor com a sua família e preferiu não fazer. - Falou Albieri. - se ficar com raiva, chateado, não me importa, a culpa é sua, exclusivamente sua!