POV Rafaella Kalimann
Havia acabado de trancar a porta do meu apartamento quando senti meu celular vibrando no bolso de trás da minha calça.
Deixei o molho de chaves em cima da mesa e andei em direção ao sofá, enquanto tirava o celular do bolso para atender à ligação.
Me surpreendi ao ver o nome de Bianca brilhando no visor do aparelho. Sem pensar duas vezes, atendi a ligação:
— Bianca?
— Oi, Rafinha... — sua voz estava um pouco rouca.
— Você está bem? — perguntei.
— Você está ocupada? — ela me respondeu com outra pergunta.
— Não muito, acabei de entrar em casa. Aconteceu algo? Você está bem?
O que faria Bianca Andrade me ligar às 21:30 de uma sexta-feira?
— Vai ficar se você puder vir aqui em casa. Aconteceu uma coisa e eu não quero ficar sozinha.
Arregalei os olhos quando a carioca terminou de falar.
Ela realmente estava me convidando para ir até sua casa? À noite?
Ouvi o barulho de algo pesado atingindo o chão e quando me dei conta, percebi que havia deixado meu celular cair.
— Merda! — resmunguei ao virar o aparelho e perceber que sua tela estava parcialmente rachada.
— Rafaella? — ouvi a voz feminina em um tom bem baixinho por não estar perto o suficiente do auto falante do celular.
— Desculpe, meu celular escorregou da minha mão e caiu com tudo no chão. A tela rachou.
— Oh meu Deus, cuidado! Eu... — silêncio. — Tudo bem se você não puder vir, ok? Só pensei que...
Não ir?
Essa definitivamente não era uma opção.
— Estou a caminho. Uma tela rachada não vai me impedir de te ver. Chego aí em menos de 20 minutos. — levantei-me do sofá e fui em direção ao balcão para pegar minhas chaves.
— Mesmo? — ela parecia animada.
— Mesmo. Estou saindo de casa agora. — tranquei a porta e apertei o botão, chamando o elevador.
— Porra! — ela disse após ficar alguns segundos em silêncio.
— Tudo bem por aí? — perguntei preocupada.
— Sim. Eu só tropecei aqui.
— Tente se manter viva até eu chegar, ok? — brinquei.
— Não posso prometer nada. — ela riu.
O barulho do elevador anunciou que ele finalmente havia chegado até meu andar, então resolvi encerrar a chamada antes de perder o sinal:
— Até daqui a pouco, Bianca. — me despedi.
— Até! — ela respondeu.
[...]
O trajeto até o apartamento de Bianca foi tranquilo. O trânsito era quase inexistente naquele horário.
Estacionei meu carro no mesmo lugar onde havia estacionado na primeira vez que a trouxe até sua casa. Tranquei-o e atravessei a rua com cuidado.
Chegando ao outro lado, subi alguns degraus até chegar ao portão, onde apertei o botão do interfone:
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A CHUVA
FanfictionNoiva há 3 anos e pressionada pela família para se casar, Bianca começa a se questionar sobre seu relacionamento, porém, o que ela menos esperava era se apaixonar pela estilista de seu vestido de casamento. Essa história é uma adaptação da fic The...