POV Bianca Andrade
Fui acordada pela claridade do dia que insistia em entrar pelas janelas. Ainda sonolenta e com os olhos pesando, lentamente virei-me de barriga para cima e fitei o teto.
A sanca de gesso era diferente da sanca do meu quarto.
Senti uma pontada na cabeça e rapidamente levei minha mão até o local, sendo invadida pelas memórias da noite passada:
Rafaella me emprestando suas roupas, nós duas cozinhando juntas e bebendo vinho...
Eu dormindo em seu quarto.
Sentei-me depressa na cama, me arrependendo no instante seguinte.
Minha cabeça parecia que iria explodir.
Olhei ao meu redor e procurei por Rafaella, que não estava em nenhuma parte do quarto.
Voltei a me deitar e ao virar-me de lado encontrei a bananinha de pelúcia que ela havia me dado de presente. Peguei-a e a abracei, sendo invadida pelo delicioso perfume de Rafaella.
Depois de alguns minutos processando a informação de que havíamos dormido juntas, decidi me levantar, afinal eu não estava em minha casa.
Caminhei até a cozinha e encontrei Rafaella de frente para a pia e de costas para mim.
Ela estava fazendo café.
— Bom dia! — falei me aproximando de onde ela estava.
Rafaella virou-se em minha direção e abriu um sorriso.
— Bom dia, bela adormecida! Estou preparando nosso café da manhã.
— E em que eu posso ajudar? — perguntei, rindo de seu apelido.
[...]
Depois de tomarmos café da manhã juntas, Rafaella se ofereceu para me levar de volta para casa e agora havíamos acabado de sair da loja de vestidos, onde paramos para que eu pudesse recuperar minhas chaves.
Enquanto Rafaella dirigia, aproveitei para observá-la discretamente.
O jeito delicado em como ela segurava o volante com a mão direita enquanto a esquerda apoiava seu rosto. Seus cabelos loiros esvoaçantes devido ao vento que entrava pela janela. O olhar centrado no trânsito. A agilidade para trocar as marchas do carro.
Tudo nela era encantador.
Por um minuto cheguei a me perguntar como seria encontrá-la todos os dias, acordar ao seu lado e tê-la me protegendo sempre, assim como ela havia feito ontem ao me segurar depois de ter caído por cima de seu corpo.
E pela primeira vez não me senti culpada em pensar nela de outra forma.
— Bi, está tudo bem? — ela perguntou me olhando.
— Sim! — falei, interrompendo meu fluxo de pensamentos.
— Que susto! Eu te chamei duas vezes, mas você não respondeu e ficou me olhando. Fiquei preocupada. — ela sorriu.
— Eu só estava pensando em algumas coisas, desculpe. — sorri também. — O que queria me dizer?
— Nada demais, só que já chegamos ao seu apartamento. — ela apontou pela janela e eu pude ver meu prédio.
— Oh meu Deus, eu esqueço que você é rápida. — brinquei. — Muito obrigada, Rafinha. Eu te dei um trabalhão nas últimas 24h.
— Se isso é me dar trabalho, espero que aconteça mais vezes. — ela respondeu.
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A CHUVA
FanficNoiva há 3 anos e pressionada pela família para se casar, Bianca começa a se questionar sobre seu relacionamento, porém, o que ela menos esperava era se apaixonar pela estilista de seu vestido de casamento. Essa história é uma adaptação da fic The...