#Christopher#
Mikaela passou o domingo o ensinando a atirar, usando garrafas como alvos e lhe beijava sempre que acertava. Ela estava mais próxima agora, carinhosa e protetora, e Christopher quis que o transformasse o quanto antes pra que fizesse o mesmo por ela. Mas precisaria ter paciência. Teve a sensação de estar sendo observado quando passou no apartamento pra se trocar na manhã seguinte, Mikaela precisava cuidar de uma questão no banco de sangue da cidade e o encontraria no estacionamento da escola. Faltavam menos de três meses pra formatura e Christopher planejava leva-la pra Florença pra conhecer sua família.
Estacionou o Toyota ao lado do carro de Mikaela, ela o esperava sentada no capô, lembrou de tê-la beijado exatamente ali, e na próxima oportunidade iria fodê-la contra o carro. Viu ela sorrir, como se soubesse cada indecência que passava pela sua cabeça._ Tem cheiro de desejo. É saudade de mim?_ ela disse quando lhe tocou o rosto, fechou os olhos e sorriu como um gato ganhando carinho.
_ É sim, pequena. Eu odeio cada minuto que você não está comigo. _ beijou-a, tomou sua mão e caminharam até entrar na escola. Percebeu ela ficar tensa e soltar um rosnado quase inaudível quando passavam pelo corredor de armários, seguindo o olhar ele soube o motivo, Brianna estava gritando com outra aluna, comentários odiosos e cruéis, a pobre menina estava a beira de chorar, amedrontada.
_ Calma, bella._ Sussurrou olhando para Mika._ Podemos ajuda-la sem derramar sangue.
_ Eu estou bem. Mas eu quero o sangue dela. A menina, se chama Ana, eu observo nos últimos meses, Brianna a deixou em paz quando eu cheguei aqui mas eu devia te-la ajudado antes, era parte do planejado pra esse ano mas demorei demais. Vamos.
Christopher sabia que ela estava mentindo sobre estar bem, podia sentir, Brianna a afetava, e não era surpreendente, a garota era cruel, fria e preconceituosa, já havia se oferecido para ele mas o atraía menos do que uma porta.
_ Ana? Olá. Acho que temos aula de química agora, quer vir com a gente?_ Mikaela disse para a menina, Chris sorriu ignorando o olhar desacreditado de Brianna, a antipatia por ela lhe alcançara.
_ Vamos lá._ disse em seguida, ela assentiu e caminhou ao lado de Mikaela.
A menina tinha grandes olhos verdes, cabelos castanhos, era baixinha e o semblante era inocente como uma irmã mais nova, sentiu simpatia por ela. Ela os acompanhou até a aula de química e Mikaela se esforçou para conversar e conhecê-la.
…
As semanas passaram devagar, pra sua sorte, ele entregou o apartamento ao dono e agora morava numa casa com 6 vampiros, Mikaela o ajudava nas aulas e Ana havia se tornado próxima, Mika a adorava e ele estava satisfeito por uma briga ter sido evitada. Brianna ainda tentava intimidar as duas, mas Mika as defendia bem, alguns dias antes o italiano precisara acalma-la depois que a garota tentou acertar Ana com uma maçã no meio do refeitório.
Abraçou-a logo depois que ela pegou a fruta à poucos centímetros de atingir o rosto menina, os olhos de Mika mudaram e havia morte refletida neles. Christopher precisava estar atento e evitar que ela matasse a garota.
Mikaela e o grupo só foram chamados pra mais três trabalhos naquele tempo e na semana seguinte se formariam, ela pela décima vez, ele ainda achava bizarro ela continuar voltando.
Mateo, Ana, Mika e Christopher saíram pra comprar os trajes pro dia da formatura, pelo que ele soube, Mateo havia caído de amores por Ana no segundo em que botou os olhos nela. Se separaram e Ana arrastou Mikaela pra uma das lojas no shopping center enquanto Chris e Mateo escolhiam ternos.
Algumas horas mais tarde voltaram pra casa, com muitas sacolas a mais do que o esperado, mas estava grato pela maioria delas ser da loja Victoria's Secret. Sua pequena atrevida parecia ter planos divertidos._ Que tal se Ana e eu fizermos o jantar?_ Mika disse sentada no seu colo, ela fazia muito isso ultimamente, e ele jamais ousaria reclamar. Ela ja havia cozinhado antes, e o acompanhava mesmo que comer não fizesse diferença para a espécie dela, era simplesmente pela gentileza. Ana concordou e as duas sumiram em direção a cozinha impecável da casa.
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O Clã Northson- MIKAELA
VampireJá haviam se passado 70 anos de uma existência solitária. Estava alí, no lugar que amava, vagando por todas as lembranças, a infância, a família que perdeu para a ignorância humana, a família que ganhou sem merecer. A essa altura não sentia mais c...