Capítulo 10

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- Vejo que já se decidiram.

- Não tivemos outra opção, como você deixou bem claro... – retorquiu Feyre.

Os gêmeos entraram no apartamento de Amren, junto com Feyre, e ambos já estavam usando os cordões com a pedra da lua pendurada neles.

- Pretende ficar aqui?!

- Sim, Amren, precisamos conversar sobre a Cidade Escavada.

- Não seria melhor ter vindo depois da sessão dos gêmeos?! – disse Amren com acidez.

- Não, hoje quero acompanhar como está o desenvolvimento deles – antes que Amren pudesse questionar, Feyre prosseguiu - Quando acabarem, Mor irá vim pegá-los. E nós teremos uma longa conversa...

Amren revirou os olhos, mas assentiu.

- Contando que você não atrapalhe...

- Não vou atrapalhar.

- Ótimo.

Os dois gêmeos estavam inquietos, eles odiavam ter que fazer essas sessões, era uma tortura que dava até dor de cabeça.

Amren pegou a mão dos dois, um de cada lado, e os colocou no centro de um círculo vermelho, desenhado no chão com algo que Feyre não queria saber o que era.

Eles deram as mãos um para o outro, Amren falou para fecharem os olhos, e respirar fundo. Depois, disse algo incompreensível nos ouvidos deles, e se afastou.

Amren ficou observando os pequenos, e Feyre olhava ao redor sem saber o que fazer, então se obrigou a permanecer em silêncio. Passou 1 minuto, 2, 3, quando deu 5 minutos, Feyre não se aguentou:

- Amren, o que está acontecendo?!

- Silêncio!

Feyre suspirou, até que os gêmeos começaram a estremecer.

- Vocês têm que lembrar da ponte... – falou Amren calmamente – Cada um permanece em uma extremidade.

- Não consigo! – disse Zaniah chorando, e Órion começou a ceder a emoção também.

- Zaniah, se concentre! Separe de seu irmão. Você não é Ele, e Ele não é Você.

Feyre começou a se contorcer na poltrona.

Os dois começaram a chorar, parecia que uma dor os consumia. Feyre não aguentou:

- Acabe com isso Amren!

- Não posso, eles estão em efusão. Só eles têm o poder de fazer parar, se eu os interromper, não conseguirão mais se separar.

Feyre começou a soar frio.

Amren em nenhum momento deixou se abalar, com uma calma inabalável, os fitava intensamente.

Depois de minutos intermináveis, os gêmeos se acalmaram. Órion abriu os olhos, e olhou para Zaniah, que ainda estava com os olhos fechados.

- Irmã, estou aqui. Abra os olhos.

- Não consigo.

- Você conseguiu Zaniah.

- Me deixe Órion! – Zaniah estava se derramando em lágrimas.

- Não vou te deixar. Nunca! Olhe para mim.

- Não!

- Você não confia em mim?!

Zaniah se acalmou um pouco, e disse ainda de olhos fechados:

- Confio...

- Então olhe para mim!

Zaniah suspirou, e bem devagar abriu os olhos marejados.

A Corte dos SonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora