Cerca de 120 Homens e mulheres da Vila Oasis marchavam pelo deserto em direção a Floresta vermelha, levando quase todos os suprimentos que haviam acumulado na Vila. Um acampamento seria montado nas extremidades da floresta como porto seguro da operação. Mark decidiu que seria melhor assim, pois eles não sabiam com o que iriam lidar. Mesmo que segundo Sarah, A vila possuísse 4x mais homens que seus inimigos, não se sabia quais outras surpresas eles guardavam em suas mangas, afinal, apenas 3 homens causaram a morte de dezenas na Vila. No caminho surgiam alguns kaijus médios e pequenos, nada que os irmãos, Sili e Soren, junto de todos os soldados, não pudessem facilmente passar por cima. Os 3 essenciais para a missão, Soren, Sarah e Dobi, já estavam com os camufladores prontos eu seus peitos. A sensação era estranha e um pouco desconfortável, mas nada além do suportável.
Soren olhou para aquele dispositivo em seu peito, virou-se para seus companheiros e disse:
-Pensando sobre tudo que aconteceu até agora, acho que no final das contas, Mark ser um ex-funcionário dos Governos Utopia é uma grande vantagem para nós. Ele reconheceu essa "coisa" e soube aplicar em nós.
-Finalmente está se dando conta de como Mark é importante para esse povo e para nós? – Perguntou Dobi, continuando:
-De qualquer forma eu preferia não usar algo criado por porcos gananciosos, mas se é pelo bem dessas pessoas e do meu irmão, eu posso fazer esse esforço.
Sarah olhou para Sili que andava do seu lado e disse:
-Eu estou mais nervosa pra saber como isso funciona do que com todo esse plano maluco. Mark nos disse que essa coisa funciona com uma recarga automática, então nos ordenou para que não os ligássemos para testar. Segundo ele, quanto mais tempo passar desligado, mais tempo teremos de uso quando a operação for posta em prática.
Sili riu vendo o incomodo de Sarah por estar usando aquilo e brincou:
-Não se preocupe você está bem charmosa com isso aí, parece até um cyborg.
-Ah, qual é? – Respondeu, Sarah incomodada.
O sorriso de Sili de repente se transformou numa expressão melancólica, dizendo:
-Só espero que todos vocês voltem bem e inteiros. Depois do que aconteceu na vila, não quero que mais ninguém sofra com esse destino.
-Sili...
-Sarah, eu queria poder acreditar que as almas de todas aquelas pessoas boas, não deixaram de existir, quando eu penso bem, talvez Cursetopia seja algo bom, é como uma segunda chance. Queria que existisse uma terceira para aquelas pessoas.
Sarah respirou fundo, jogou seus braços sob os ombros de Sili, puxando-a para perto de si e disse perto do rosto dela:
-Este lugar pode até ser uma segunda chance, mas só por que vocês transformaram-no nisto. Mark e vocês lutam dia pós dia para manter essas pessoas bem, para que elas tenham comida e água. Que tal se dar um crédito, rostinho bonito?
Sili olhou tímida para ela, enquanto Sarah esbanjava um sorriso grande e largo.
-Obrigado, Sarah. – Disse Sili.
-Tem mais alguma coisa? Talvez você esteja preocupada comigo, em particular, não voltar para você, é? – Sarah brincou.
-Pare com isso! – Gritou Sili, enquanto soltava uma risada meiga.
Doba que estava olhando aquela cena deu uma risadinha de canto, virou-se para Soren e disse:
-Você não acha que tá pintando um clima?
Soren se fez de desentendido, dizendo:
-Do que você está falando?
-A qual é Soren, olha para nossa ceguinha e para a sua nova amiga que consegue parecer mais um gorila do que o próprio Markus.
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Cursetopia: A morte é reversivel
Science FictionEm um mundo completamente distópico e desigual, Soren descobre que no meio da escuridão existe uma luz. Quando essa luz é roubada dele, ele irá traze-la de volta, mesmo que pra isso ele precise descer até os confins do inferno. Cursetopia irá contar...