Amor De Mãe

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Callie


Eu me sentia como uma espécie de rato de laboratório com todos aqueles eletrodos na minha cabeça. Tony parecia analisar as telas com cuidado e cautela com Sky ao seu lado.

— Eu vou ficar bem? — Ousei perguntar após o longo tempo em silêncio.

— Vai. — Assentiu Sky afastando-se de Tony e indo até um balcão começando a mexer em algo.

— Incrível como suas ondas cerebrais são parecidas... — Disse Tony com a mão na boca.

— Acha que ela tem os mesmos poderes que eu?

— Licença, mas ela tá ouvindo. — Olhei para eles franzindo meu cenho fazendo com que enfim notassem que eu estava na mesma sala que ele. — Vão conseguir me ajudar?

Eles se entreolharam por um estante e logo Sky começou a caminhar na minha direção com algo em mãos. Ao aproximar-se o suficiente pude ver que havia dois chips e uma espécie de pulseira em sua mão.

— Esse chip. — Ela apontou para um deles. — Vai bloquear totalmente os seus poderes, a luz verde indica que está ativo e funcionando. Já esse aqui... Ele limita um pouco seus poderes o que pode servir de rodinha para que você aprenda a usá-los assim como eu aprendi. Mas tenho que ser sincera com você, pode ser perigoso caso acabe perdendo o controle, como incêndio na escola...

— Não tem mesmo uma forma de tirar isso de mim? — Perguntei ainda encarando aqueles aparelhos em suas mãos.

— Não...

Eu não queria machucar ninguém, muito menos as pessoas que me ajudavam...

— Quero bloquear eles...

— Ten certeza querida? — Perguntou Sky.

— Tenho... Ao menos por enquanto eu tenho...

— Você me lembra muito a sua mãe quando a conheci. Cautelosa, com um medo extremo de si mesma. — Tony aproximou-se enquanto Sky preparava aquele chip.

— Só não quero machucar ninguém...

— É uma boa ideia pirralha, mas não das melhores, ao menos não terei coisas voando pela casa novamente.

— Como assim? — Perguntei com a sobrancelha arqueada.

— Bom, quando eu estava começando a controlar meus poderes... — Ela aproximou-se passando um algodão com álcool na minha nuca. — Eu sem querer atirei uma chave de fendas no Tony.

— Ate hoje desconfio desse seu sem querer. — Tony riu aproximando-se dela a dando um selinho.

Eles realmente pareciam se gostar muito, ao mesmo tempo que pareciam ter passado por muita coisa até hoje...

— Tudo bem... Pronta? — Perguntou com o aparelho já próximo a minha nuca.

— Pronta Eu não to não, mas vamos nessa.

— Pode doer um pouco...

Assim que senti seus dedos tocarem minha nuca em seguida uma picada um tanto dolorido que fez com que eu apertasse os olhos ao seu toque.

— Prontinho. — Sky veio a minha frente colocando a fina pulseira metálica junto a que Peter havia me dado, assim que a viu me olhou com um sorriso levemente sugestivo. — Tenta sempre ver se a luz está verde.

— Bom meninas, já que acabamos, já podem sair da minha oficina. — Tony fez um gesto com a mão fazendo com que as telas a sua frente sumissem.

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