O Amor Não Machuca

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Peter

Callie havia começado um treinamento com o Sr. Stark e sua mãe então havia se tornado mais difícil nos vermos já que ela não queria que eu assistisse aos treinos por medo de me machucar. O que acabou me dando mais tempo para patrulhar e passar tempo com Ned antes que ele surtasse por não montarmos a estrela da morte feita em Lego.

Estava deitado na cama com meu Walkman ouvindo algumas músicas quando May entrou no meu quarto começando a pegar a roupa suja, quando fez um gesto para que eu tirasse o fone.

— Sabe... Eu estava me perguntando, como foi o fim de semana que estive fora? — Ela sentou na cama olhando-me com um olhar sugestivo.

— F-foi bom, teve uma chuva de meteoros.

— Ahan... Assistiu com a Callie? Não precisa mentir não vou brigar.

— Sim...

— E só assistiram mesmo ou fizeram mais algo?

— May... — Meu rosto devia estar mais vermelho que um pimentão o que já me denunciava totalmente.

— EU SABIA! — Ela riu empolgada me deixando ainda mais vermelho. — Foi gentil com ela não é? Suponho que foi a primeira vez dos dois.

— Fui... — Eu sabia que se não a respondesse ela continuaria perguntando até que eu dissesse tudo que ela gostaria de saber, ou ia pirar e quando ela pira eu piro junto.

— Primeiro o mais importante! Usaram proteção? Sou muito nova para ser avó. — Apenas assenti querendo morrer. — Ótimo... Alguma pergunta que queira me fazer? Uma dúvida, sabe que pode falar qualquer coisa comigo.

— Sei... — Eu não queria perguntar esse tipo de coisa para ela, mas para quem eu perguntaria? Nessas horas um pai faz muita falta... — Eu... Eu só tenho medo de machucá-la.

— Se for cuidadoso não vai. E mesmo que acabe acontecendo sem querer apenas peça desculpas, os dois são inexperientes é normal ocorrerem coisas do tipo.

— Mas eu tenho medo de machucá-la mais do que fisicamente... Ela já passou por tanta coisa... Tenho medo de agravar algo de alguma forma. — Baixei a cabeça passando a mão na nuca sentindo a tensão localizada naquela área.

— Peter... — May respirou fundo. — Eu não sei de tudo que houve com a Callie, mas pela forma como ela chegou aqui em casa aquele dia e a última vez que esteve no hospital eu posso imaginar. Mas seja o que for foram causadas por ódio não por amor, e as coisas quando são feitas com amor não machucam dessa forma que você teme.

— Obrigado May. — Sorri para ela recebendo um abraço reconfortante em seguida.

— Por nada querido. — Ela depositou um beijo no topo da minha cabeça. — Continuem se cuidando e por favor fala comigo quando precisar ok?

— Ok.

May bagunçou meu cabelo antes de sair fechando a porta e eu voltei a colocar meus fones escolhendo a próxima música da minha playlist.

Acabei dormindo com meus fones no ouvido até acordar com meu celular vibrando ao meu lado. Levemente desnorteado olhei para a janela percebendo que já havia anoitecido. Pegando meu celular havia uma ligação perdida da Callie então a retornei que foi atendida quase que no primeiro toque.

— Desculpe meu bem acabei pegando no sono. — Ri coçando meus olhos. — Está tudo bem?

Não queria te acordar... Está sim. É que a minha mãe e o Tony vão a um baile beneficente essa noite, eu não quero ir então minha mãe meio que me deixou com o Happy, mas ele não é lá muito amigável.

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