A Noite Perfeita

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Callie

Aquele fim de tarde estava uma fina garoa, por isso minha mãe me obrigou a ir com Happy. Assim que paramos em frente ao prédio fiquei sem conseguir sair do carro.

— Chegamos. — Disse Happy após coçar a garganta. — Tudo bem?

— Tudo... Só um pouco nervosa.

— Podemos voltar a torre caso queira. — Happy pareceu realmente amigável.

— Não Happy, eu vou descer. Mas obrigado.

Sorri sentando-me na ponta do banco até conseguir tocar o acento do motorista depositando um rápido beijo na bochecha de Happy, pude vê-lo sorrir enquanto eu saia e corria para a entrada do prédio.

Caminhei até o apartamento sentindo-me totalmente ansiosa, se esse chip não estivesse na minha nuca teria até mesmo medo de perder o controle.

Respirei fundo antes de tocar a campainha. Ao abrir pude ver um Peter com o cabelo metade arrumado e metade desarrumado e os botões da camisa xadrez mal abotoados.

— Estou adiantada? — Perguntei não conseguindo conter o riso.

— N-Não na verdade... Puxa... — Ele fez uma pausa olhando-me nos olhos. — Você está incrível... Entra entra.

Um pouco sem graça entrei, estaria um breo se não fosse por algumas velas espalhadas pelos cômodos.

— Nossa Peter... Que romântico. — Me virei para ele sorrindo o vendo terminar de fechar a porta.

— Na verdade acabou de faltar energia, aí tive que espalhar as velas, acabei queimando a carne do forno e acabei derramando o suco de uva na outra camisa e acho que vesti essa errado com toda a pressa.

Ele estava todo nervoso o que eu achava fofo de certa forma. Me aproximei o ajudando a arrumar os botões postos nas casas erradas de sua camisa.

— Desculpa... Eu só queria que tivéssemos uma noite perfeita... Acho que estraguei tudo...

— Acho que a noite mal começou... E já está perfeito só de estar contigo... — Sorri passando a mão em seus cabelos o arrumando. — Se te serve de conforto eu consegui queimar o dedinho com uma chapinha que foi desfeita com a chuva.

Ambos rimos de nossas tentativas exageradas de fazer com que essa noite fosse perfeita.

— Acho melhor pedir uma pizza. — Disse sorrindo sem graça.

— Tudo bem.

Me sentei no sofá enquanto ele ia a cozinha pedir uma pizza. Só então pude ver na mesa duas taças de vidro e ao centro um copo com uma única rosa dentro, também havia os resquícios do suco que havia sido derramado.

— Disseram que chega em 30 minutos. — Disse voltando a sala.

— Você é um amor... — Sorri pegando a rosa do copo e a levando ao nariz sentindo seu doce perfume.

— Queria te dar uma noite perfeita depois do que houve, sabe? — Peter sentou ao meu lado parecendo frustrado.

— Está sendo. — Disse colocando minha mão sobre a dele enquanto devolvia a flor ao copo.

Peter sorriu um tanto tímido começando a aproximar-se de mim até que seus lábios fossem capazes de tocar os meus dando único a um beijo lento. Minhas mãos foram de encontro a sua nuca garantindo que ele não se afastasse de mim tão cedo, pois queria saborear cada segundo daquele momento.

Após separarmos nossos lábios ficamos a conversar sobre tudo que havia acontecido referente a descoberta dos meus poderes até que a pizza chegasse.

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