"David! O que está fazendo?", Charles se encontrava escorado na janela do próprio quarto enquanto tentava enxergar através da janela do vizinho.
Depois daquele dia, o gigante tinha ficado ainda mais grudento, as mensagens, de alguma forma, tinham duplicado; e todos os dias, ele se sentia na obrigação de dizer que estava vivo. É por isso que começou a chamar o garoto várias vezes em um único dia para puxar qualquer papo irrelevante.
David se sentia irritado, na maioria das vezes, mas parte daquilo tinha sido culpa dele. Afinal, tinha dito aquelas coisas… extremamente melosas.
"Estou seriamente ocupado! Não me incomode mais hoje!"
"Você disse que não ligava se eu te incomodasse…", o cacheado sentiu um pingo de desânimo quando Charles falou.
"Eu me referi às suas mensagens...", David perdeu toda a sua concentração no estudo árduo que tentava executar quando tal acontecimento foi mencionado.
No mesmo instante, o seu celular moveu-se com a vibração sobre a mesa, o toque da notificação retiniu.
Charles: O que está fazendo? :)
Um riso involuntário escapou de sua boca, mas logo foi abafado. David sentou adequadamente na cadeira, e ignorou a mensagem voltando sua atenção aos livros em sua frente.
Mas, como já era de se saber, Charles era extremamente insistente.
Charles: Por que não pode me contar? É algo íntimo? :O
Assim que leu, David gritou de seu quarto: "Eu estou estudando! Me deixe em paz!"
"Oh!", o maior gritou: "Me deixe ajudar! Não parece, mas minhas notas são as melhores!"
Não parecia mentira. Levando em consideração a sua fama de valentão, ele já teria sido expulso da escola se não acrescentasse em algo naquela instituição.
O garoto levantou impaciente da cadeira e foi até as janelas: "Não!", em seguida, a fechou.
David suspirou e desligou o celular. Estando totalmente sem distrações, ele voltou a questão que estava quebrando a sua cabeça fazia horas. O cacheado se considerava um ótimo aluno das matérias de humanas, e um péssimo quando se tratava de exatas.
Desde que começou o ensino médio, a matemática se tornou o terror. Ele era esforçado, e sempre conseguia se manter na média, sempre com uma frágil distância de despencar. Com provas se aproximando, o pânico fazia o garoto se desesperar e estudar como um louco.
Depois de mais de trinta minutos estando na mesma questão, David decidiu deixar a sua estupidez de lado, e abriu as janelas mais uma vez.
Charles não estava mais lá, mas a sua avó estava. A idosa pelancuda o encarou com um rosto carrancudo, e depois voltou a conversar com alguém:
"Seu pai vem hoje. Já comprou as bebidas dele?"
A voz de Charles respondeu: "Sim, a senhora sabe que horas ele vem?"
Mesmo sendo uma velha, essa mulher falava sempre com um tom duro, parecia que era impossível formar um sorriso no seu rosto: "Eu não sei não, ele sempre chega desavisado, cê sabe, né?"
"Hum. Eu vou sair, volto mais tarde."
"É, filho. Acho melhor mesmo, ele anda estressado com tudo."
Charles chegou em frente à sua janela pronto para fechá-la, assim que viu David parado ali, também parou e o fitou.
"Ah.", David retornou de sua abdução temporária causada pela conversa alheia: "O-oi."
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It is love among us? (BL/Yaoi)
RomansaYuri Anthony é o típico adolescente gamer que odeia perder, e que convenientemente é muito experiente no Among us. Um dia, Yuri quase perde, de certa forma, para um jogador misterioso. E isso faz o garoto explodir e declarar ódio contra o homem. Qu...