Após pensar bem decidi que seria melhor ficar do lado de Percy, eu não queria destruir o Olimpo, eu não queria colocar a civilização ocidental em risco.
— Quíron? — Adentrei a sala.
— Pois não?
— Tenho uma decisão. — Contei a Quíron que eu ia atrás de Luke e tentaria impedi-lo de reerguer Cronos, e também lhe disse que ele havia tido no acampamento.
— Isso é muito estranho. O dragão que protege as barreiras não o deixaria passar.
— Também não sei, mas quando estivermos fora deverão fortificar a barreira, por mais que Luke não tenha seu exercito formado.
— Tomaremos cuidado, então s/n, já que aceitou a missão você deve ir até o sótão e consultar o Oráculo.
— Oráculo?
— Ele lhe dirá uma profecia.
Quatro lances acima, a escada terminava embaixo de um alçapão verde. Puxei o cordão. A porta se abriu e uma escada de madeira caiu ruidosamente no lugar.
O ar morno que vinha de cima cheirava a mofo, madeira podre. Prendi a respiração e subi.O sótão estava atulhado de sucata de heróis gregos: suportes de armaduras cobertos de teias de aranha;
escudos outrora brilhantes cheios de adesivos dizendo ÍTACA, ILHA DE CIRCE e TERRA DAS AMAZONAS.Junto à janela, sentado em uma banqueta de madeira com três pernas, estava o suvenir mais pavoroso de todos: uma múmia. Usava um vestido de verão estampado em batique, com uma porção de colares de contas e uma bandana por cima de longos cabelos pretos. Olhar para ela me deu arrepios nas costas. E isso foi antes de ela se endireitar na banqueta e abrir a boca. Uma névoa verde jorrou da garganta da múmia, serpenteando pelo chão em anéis grossos, sibilando como vinte mil cobras. Tropecei em mim mesmo tentando chegar até o alçapão, mas ele se fechou com uma batida. Dentro da minha cabeça, ouvi uma voz, deslizando por um ouvido e se enroscando por meu cérebro: Eu sou o espírito de Delfos, porta-voz das profecias de Febo Apolo, assassino da poderosa Píton. Aproxime-se, você que busca, e pergunte.
Eu quis dizer: Não, obrigado, porta errada, mas eu não havia escolha.— Qual é o meu destino? — Perguntei.
A névoa rodopiou, mais densa, juntando-se bem na minha frente e em volta da mesa com os potes que continham partes de monstros em conserva.
— Você terá sucesso na missão;
conseguirá salvar o que deseja, então,
No final uma escolha terá de fazer;
qual meio-sangue vai viver.E a névoa se dissolveu.
Saí do sótão, Annabeth, Percy e Quíron me aguardavam.
— Como foi? - Annabeth perguntou.
— Você tera sucesso na missão, conseguirá salvar o que deseja então, no final uma escolha terá de fazer... — Parei de dizer.
— Não parece completa. — Quíron disse.
— Qual meio-sangue vai viver. — Disse e Annabeth e Percy se encararam. — Acho que eu deveria ir sozinhe, não quero colocar a vida de vocês em risco.
— Você não pode ir sozinhe, você não tem experiência, Percy e Annabeth te acompanhará. — Quíron disse.
— Sou eu o/a garote da profecia, sou eu que devo correr os riscos.
— Não iremos te deixar sozinhe. — Annabeth colocou a mão em meu ombro. — Quíron, quando vamos partir?
— Amanhã, ao amanhecer.
— Qual pistas temos? — Percy perguntou.
— Provavelmente Luke está indo para o mundo inferior, indo para a caverna do tártaro onde os pedaços de Cronos foram jogados, então vocês terão de ir para o mundo dos mortos e dête-lo. E com certeza ele tem um espião aqui dentro que o ajudou a entrar, sendo assim não vamos dizer isso ninguém.
— Certo.
Logo depois do amanhecer, eu, Annabeth e Percy estavamos na Casa Grande checando as últimas coisas. Eu havia arrumado a mochila com a ajuda de Grover — garrafa térmica com néctar, pacote de ambrosia, saco de dormir, corda, roupas, lanternas e muitas baterias extras.
Eu me sentia meio insegure de sair sem Grover, meu companheiro para todos as horas, mas ele tinha seus próprios compromissos.— S/n.. — Quíron pegou uma caixa de mais ou menos um metro de comprimento e largura. — Antes de você ir quero lhe dar isso. — Ele tirou de dentro da caixa uma espada feita de ouro e bronze. — Essa espada foi usada pelos melhores heróis e agora ela será sua.
— Uau. — Peguei a espada e passei o dedo nela, era pesada, parecia ter uns noventa centímetros de comprimento e se eu não soubesse que era uma espada eu teria deixado-a cair. Era quente. — Está quente?
— Ela é feita do ouro mais raro, ela esquenta toda vez que encontra seu dono verdadeiro.
— Eu sou o/a done dela. — Passei o dedo mais uma vez.
— E esse escudo. — Quíron tirou um escudo de dentro da caixa, ele era feito de prata e havia uma forma de cabeça dele, eu reconheci, era a meduza. — Era de Thalia antes dela entrar para as caçadoras.
— Eu não tenho como agradecer... — Eu estava sem palavras.
— Não é preciso, e ah! Não se preocupe com o peso. — Quíron pegou uma caixinha, equivalente ao tamanho de uma de fósforos. — É só colocar a espada e o escudo aqui dentro.
— Mas essa caixinha tem uns três centímetros.
— Tenta.
Tentei colocar a espada dentro da caixinha e automaticamente ela ficou do tamanho de um palito de fósforo, fiz o mesmo com o escudo.
— Isso é... é incrível!
— E ela sempre vai voltar para o seu bolso, independente da distância.
— Igual a minha Contracorrente. — Percy tirou uma caneta do bolso e quando removeu a tampa ela virou uma espada.
— Uau! — Disse impressionade.
— Agora vão, não quero os atrasar. Argos estão esperando por vocês.
Subimos a Colina e quando atravessamos a barreira havia um carro preto estacionando, fui o/a primeira a entrar no carro e não me surpreendi de Argos nosso motorista ter olho pelo corpo todo.
— Vamos para Los Angeles? — Annabeth sorriu.
— Vamos! — Eu e Percy dizemos juntos.
Continuação no ↳ Capítulo SEIS

VOCÊ ESTÁ LENDO
Salve o Olimpo | 𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬 𝒑𝒋𝒐
Фэнтези- Queride, semideus (a/e)! Neste livro você terá a chance de fazer escolhas que salvarão o Olimpo de uma grande ameaça. !! Um aviso: toda escolha há consequências, e na maioria das vezes elas são ruins, mas se você for esperto talvez consiga não aca...