Nos primeiros minutos em que estavam procurando o unicórnio, Line e Draco ficaram em silêncio.
Logo ele começou a reclamar, o seu pai saberia sobre toda essa situação.
O Malfoy mal conseguia segurar o seu lampião e aquele era o único que eles tinham.
— Draco você vai deixar ele cair e vai quebrar! Controle o seu medo. — Line tentou tirar dele, que não largou o lampião.
— Não estou com medo!
Continuaram andando até achar uma figura, com capa preta e de aparência demoníaca, sugando o sangue do unicórnio.
Canino fugiu na mesma hora, Draco começou a correr e a figura os viu, Line logo correu também, deixando tudo para trás.
Foi quando o Malfoy tropeçou, caindo no chão com tudo, a figura de capa preta avançava na sua direção, Draco gritou.
Line não podia deixar ele se ferir, por um segundo imaginou a figura demoníaca matando Malfoy, ela o odiava mas não queria ele morto, secretamente aquele pensamento destruiu ela.
Ela correu em sua direção e puxou Draco do chão e em uma explosão de poder, Line lançou o ser demoníaco para trás com a sua mente.
— Precisamos correr Draco. — Numa tentativa de fugir, entraram mais ainda para dentro da floresta, depois de alguns minutos fugindo, ela pergunta. — Você está bem?
— Você não precisava ter voltado, Potter, por que voltou? Aquilo poderia ter te matado.
— Além de linda, sou muito bondosa e corajosa e você pode só me agradecer.
Enquanto dizia isso, Line escorregou caindo numa poça com água, para o seu azar o vento começou a ficar mais forte e violento.
— Você é tão ridícula. — Line tenta se levantar só para fazer o que a criatura não fez com Draco, matar ele.
Ela caí novamente, ficando mais molhada e com frio.
— Vamos, levante. — Draco estende a mão para ela, Line aceita sentindo o quão quentinha ela estava. — Vamos achar uma saída.
Line começou a tremer e espirrar, à noite estava cada vez mais fria.
— Ótimo, estamos perdidos e você vai ficar doente, agora quem é incopetente? Não está cheia de gracinhas agora não é mesmo sujeitinha?
Pela primeira vez Line ficou um pouco magoada, ela não tinha culpa por nada disso e as horas foram passando-se assim.
— Quieta... que milagre, é bom mesmo, assim não me irrita.
Line seguiu na direção oposta a Malfoy, deixando ele falar sozinho, ela mal aguentava suas próprias pernas, tremia por inteiro.
— Mas você é louca? — Quando ele percebeu puxou o braço de Line, ela estava toda gelada, ao ponto de arrepiar Draco. — Vem cá...
Line não entendeu, estava desnorteada pelo frio extremo.
— O que? Ir aonde? — Draco estendeu sua capa para Line, era mais grossa e quente que a dela, o calor a confortou, ele a envolveu em seus braços, puxando Line para si.
Line quis viver ali para sempre, estava tão aconchegante.
— Vamos sentar nesse tronco, logo vai amanhecer e alguém vai vir.
Eles se sentaram, Draco puxou Line ainda mais para si, seu queixo parou de tremer, ela olhou para cima e viu Malfoy, preocupado.
Passaram à noite toda ouvindo uivos e outros barulhos horríveis, no fundo os dois estavam com muito medo. Afinal deve haver um bom motivo para se chamar Floresta Proibida e não Jardim do Éden.
Line acabou dormindo sentindo ele acariciar os seus cabelos longos e cacheados.
Quando ela acordou, já havia amanhecido, percebeu que nem por um segundo Draco tirou os olhos dela, ele abraçava Line mais forte do que nunca, talvez fosse assim que Malfoy lidasse com o medo.
— Acho que dá para sairmos agora que tem claridade.
Line não saiu de perto dele, sempre envolvida na capa de Malfoy, eles acharam a trilha de volta e depois de algumas horas, estavam na enorme porta do castelo.
Malfoy saiu de perto de Line, retomando sua postura fria e má de sempre.
— Ninguém pode saber do que aconteceu sujeitinha, você continua para mim mais do que desprezível, jamais cite essa noite ou aquilo que você sabe o que é.
Line riu alto, sem nem olhar para Malfoy, ela deu uma "rasteira" nele, cada dia mais ela dominava o poder da sua mente.
— Tsc... Tsc... Malfoy, não seja tão mal, acredite, eu posso ser bem mais má do que você jamais sonhou.
Ele levantou segurando o seu pulso fortemente.
— Não use mais essa droga que você faz com a mente em mim, nunca mais e nem me dirija a palavra!
— Eu nunca te dirijo a palavra, você que sempre fala comigo! Você que me persegue a ponto de me dedurar e nos levar para aquela droga de floresta! — depois dessa fala Line começou a debochar. — Mas... Não julgo você, é muito difícil me evitar e deve ser tão horrível lidar com a rejeição que constantemente eu te ofereço.
— Você nunca me rejeitaria e gosta de mim ou não teria voltado e me ajudado. — Draco disse dando um riso de canto.
— Eu não te ajudei, eu te salvei Malfoy, só esqueça se isso machuca tanto o seu frágil ego.
Ele segurou o seu queixo, furando-a com os olhos, de repente as portas do castelo se abriram, prof. Minerva estava lá ao lado de prof. Snape, eles tinham atrás deles vários alunos, que se organizavam para procurar Malfoy e a Potter.
— Sr. Malfoy e Srta. Potter, onde os senhores estavam? Equipes de busca estavam indo procurar vocês dois!
— Nos perdemos na floresta, só achamos o caminho de volta com o nascer do sol. — Malfoy explicou somente isso.
Ao ver Line, Harry foi para cima de Malfoy.
— Você, Malfoy, nunca mais vai chegar perto da minha irmã! Nunca, nunca mais! — Harry abraçou Line, a única família que ele tinha.
Infelizmente nesse aspecto Harry estava errado, Pansy abraçou Draco, Goyle e Crabbe foram ver como ele estava.
Logo uma multidão foi a Line e outra a Draco, Fred e Jorge vieram na direção dela.
— Achei que você estivesse morta, sinceramente Line, Floresta Proibida com o Malfoy. — Fred disse dando um abraço em Line, ela riu do tom bobo dele, que parecia muito preocupado.
— Ainda temos muitas pegadinhas para fazer antes desse dia.
Ela abraçou Jorge e mais pessoas vinham em sua direção, inclusive Olívio Wood.
— Potter, você deu um belo susto, eu estava em uma das equipes dos que iam te procurar. — Line ficou vermelha com a presença de Wood e mais ainda por ele estar indo procurar ela e depois Fred ficou imitando Line.
Ela falou com Zabini e viu um garoto que ela achava particularmente muito bonito, o Lufa-lufa, Cedrico Diggory, ele também estava em uma das equipes de busca.
Ele sorriu para ela, piscando um olho, a garota logo deu as costas ou provavelmente teria um AVC de amor.
— O peso de um sobrenome, Potter e Malfoy... Perderam vários pontos para as casas de vocês e são recebidos com uma festinha surpresa.
Line viu uma garoto alto e magro, com cabelos pretos com leves cachos, ele era da Sonserina.
— Quem é você?
— Tom Marvolo Riddle... — Ele chegou perto do ouvido de Line Potter e disse. — Filho de você-sabe-quem. Nos vemos por aí, Potter.
Obrigada por cada leitura, estou muito feliz porque vocês estão lendo minha história! Leio cada comentário e fico grata por cada voto!💕
Postando mais um capítulo feito com muito carinho para vocês!
