Meu Chefe | Taennie

Yór hana

Conversei mais um pouco com Lisa e depois de combinarmos de almoçarmos juntas eu resolvi voltar para o meu local de trabalho.

Fiz o mesmo trajeto no elevador e quando cheguei no último andar vi uma moça próxima a minha mesa.

- Olá. - cumprimentei-a me curvando e me sentei na minha mesa em seguida.

Ela não é a mesma que veio aqui na última vez.

- Estou aqui te aguardando faz um tempo florzinha. - disse falsadamente. - Porque não estava no seu cargo?

- Desculpe senhorita, mas só dou informações para o meu chefe. - sorri fraco. - Ele está com visita agora, vai esperar?

- Pode ser. - respondeu e continuou em pé. - Pode me buscar um copo de água florzinha?

A olhei torto e suspirei, se Taehyung perguntar alguma coisa, certamente vai me ver com o copo de água para mais uma das suas peguetes e provávelmente não verá nenhum problema.

Assenti e me dirigi até a copa, pegando um copo de vidro e o enchendo d'água. Voltei para a minha mesa e a entreguei em seguida.

- Obrigada. - sorriu amarelo.

Ela tomou alguns goles e colocou o copo em cima da mesa, próximo a mim. Resolvi não me importar com sua presença e começar o meu trabalho.

Se passaram alguns minutos e eu já tinha reescrito metade dos papéis e separado todos eles.

Estava concentrada em terminar o último, quando senti um líquido cair na minha calça e ergui a cabeça, vendo todos os papéis que estavam prontos ensopados.

Olhei para a mulher elegante em minha frente e ela silibou um "Ops" sem som, fazendo uma expressão de
arrependimento visivelmente falsa.

Eu tenho certeza que essa vaca fez de propósito.

Levantei para tentar tirar o excesso de água em minha calça e passei as mãos na minha testa, me sentando novamente logo depois.

Olhei os apéis molhados, e me veio uma vontade imensa de chorar, pode estar sendo dramático da minha parte, mas eu demorei para finaliza-los e tive que fazer tudo a mão.

Ouvi o barulho de porta novamente, mas dessa vez não olhei pois sabia que era Taehyung e provávelmente a purpurina saindo da sala dele; minha teoria foi confirmada quando ouvi o gritinho irritante da mulher dizendo "Oppa" e o barulho dos seus saltos fazendo contato com o chão.

- Jennie! - levei um susto e fiquei de pé rapidamente, ainda encarando os papéis.

- Sim? - respondi, agora olhando para ele.

- O que aconteceu? - estava determinada a dizer o que tinha acontecido, mas quando encarei a mulher do lado dele desisti. Eles devem ter alguma coisa, se eu falar a verdade ela vai mentir e obviamente ele vai ficar do lado dela.

Então suspirei e disse:

- Eu os molhei sem querer. - ele me olhou com uma sobrancelha arqueada e eu olhei para a purpurina que tinha os braços cruzados.

- Mandarei trazerem outros para você refaze-los. - assenti. - Seja mais cuidadosa da próxima vez.

Susurrei um "claro" e ele entrou na sala com a moça. Me joguei na minha cadeira, exausta e Jack veio até mim.

- Foi ela, não foi? - o encarei.

- Sim. - respondi chorosa. - Eu demorei pra fazer aquilo. Provávelmente vou passar a noite aqui. - dramatizei.

- Não é pra tanto. - revirou os olhos.

- Ei! Quero explicações. O que vocês estavam fazendo lá dentro?

- Conversando. - sorriu malicioso. - Você estava certa quando disse que ele é bem bonito, na verdade ele é um pedaço de mal caminho.

- Que tipo de conversa? - perguntei, como quem não quer nada.

- Conversas íntimas, que não podem ser reveladas. - revirei os olhos.

- Você é chato!

- Não se preocupe baby, ele só tem olhos para você. - cantarolou. - Ele não vai fazer nada com aquela mulher.

- Eu não me importo. - dei de ombros.

- Ah se importa sim! Todo mundo ja percebeu o clima que tem entre vocês. Olha aqui garota, eu fico até arrepiado. - falou mostrando o braço que realmente estava com os pelinhos levantados.

Ah pronto, agora todo mundo resolveu vir com essa história de "clima".

- Não tem clima nenhum, Jack. - expliquei.

- Tem sim, Nini. E aquelas olhadas que ele te dá? Só falta te comer com os olhos. - disse sentando na minha mesa. - Se eu fosse você já teria caído matando.

- Eu não sou uma assanhada, e gosto de homens com atitude. - falei calma.

- Você é ridícula. - falou revirando os olhos. - Você viu as mãos dele? Acho que dá pra fazer tantas coisas com elas. - disse se abanando.

- Nem são tão grandes assim... - disse fazendo doce, as mãos daquele homem são a própria perdição.

- Você também imaginou ele segurando sua bunda com elas? - entre abri a boca. - Não me diz que eu fui o único.

Balancei a cabeça negativamente e apertei os lábios.

Eu imaginei muito mais que isso.