Meu Chefe | Taennie

Sūmur sét

- E então? - perguntei quando avistamos Lisa sumir por entre os corredores.

Ele me olhou parecendo nervoso e coçou a nuca.

- Eu preciso de ajuda com uma coisa e como você é muito próxima da Lisa pensei que poderia me ajudar. - entre-abri a boca.

- Você realmente gosta dela, não é? - perguntei e no mesmo instante vi suas bochechas ganharem um tom avermelhado.

Que fofo!

- Bem... Sim. - ele suspirou. - Você acha que eu estou sendo precipitado? Ela não dá indícios de querer alguma coisa séria comigo e eu tenho um certo receio de ser rejeitado.

Ok, eu realmente fiquei com dó dele agora.

- Ela gosta de você, só está confusa... - ele arqueeou uma sobrancelha. - Você sabe, ela é sua secretária.... - seus olhos se arregalaram um pouco e sua boca se abriu levemente.

- Então ela não me quer por conta disso? - ele perguntou, apontando para si mesmo com o dedo.

- Ela se sente pressionada, mas não por você e sim pelo que as pessoas vão pensar quando descobrirem que ela está se relacionando com o próprio chefe, entende? - ele assentiu.

- Ela deveria ter conversado comigo sobre isso. - eu sorri fraco. - Tem mais algo que eu deveria saber?

Balancei a cabeça negando.

- Eu já falei mais do que deveria, tente conversar com ela, é nítido que vocês se gostam. - ele sorriu agradecido e eu retribui. - Ah, quase ia esquecendo, para o oque exatamente você precisa da minha ajuda?

- Conversar com você já foi o suficiente Jennie, mas eu pensarei em alguma coisa e depois te falo, ok? - murmurei um ok. - Pode me passar seu número? Assim fica mais fácil de mantermos contato.

Nós trocamos nossos números e logo depois ele se despediu me dando um abraço meio desengonçado juntamente com um beijo na bochecha, e me agradeceu logo em seguida.

Fui para a direção contrária e quando cheguei no meu local de trabalho me sentei em minha mesa e comecei a organizar tudo.

(...)

Agora já são por volta de sete horas da noite, meu horário acabou e estranhamente Taehyung não me chamou em sua sala, em nenhum momento. Ji-hoon, que é a nova secretária do Sr. Kim é que estava fazendo tudo que ele pedia, o que é mais estranho ainda já que eu sou a secretária particular dele.

Olhei para a porta da sala dele e suspirei.

Ele estaria com ciúmes?

Impossível, ele não presenciou nada.

Arrumei minhas coisas rapidamente e quando estava prestes a ir conversar com ele meu celular tocou.

- Alô? - atendi.

- Jennie? - ouvi a voz da purpurina e respirei fundo.

- Oi Jack, quanto tempo.

- Desculpe Nini, estava ocupado demais no trabalho. - explicou. - Preciso conversar com você. - sua voz saiu séria e eu franzi o cenho. Jack sempre é brincalhão.

- O que houve? - perguntei já ficando nervosa.

- É a sua mãe. - escutei alguns suspiros. - O assunto é realmente sério Nini. Você já está perto de sair?

- Sim. Meu horário acabou, você pode vir até aqui na empresa? - perguntei indo até o elevador.

- Chego em cinco minutos. - desliguei a chamada e xinguei quando vi um grande aviso no elevador, dizendo que o mesmo estava quebrado.

Arrumei meus cabelos e olhei ao redor, foi quando vi Ji-hoon correndo até a sala de Taehyung e imediatamente a parei.

- Ji-hoon, vai ser concertado hoje? - perguntei batendo os pés.

- Sim Jennie, mas só mais tarde, por volta das oito horas. - agradeci determinada a esperar, mas rapidamente me surgiu uma ideia.

Coloquei minha bolsa e pastas em cima da mesa, meu celular no meu bolso e tirei meus saltos, os colocando na minha mão.

Ji-hoon me olhava como se eu fosse doida, eu apenas sorri para ela e saí pela saída de emergência correndo.

Ok, talvez eu chegue lá embaixo sem ar, afinal estou no último andar, mas é minha mãe e eu não posso simplesmente ignora-la desse jeito, ainda que tenhamos problemas pessoais ela nunca deixará de ser minha mãe, e são normais conflitos entre pais e filhos, não é?

Quando finalmente desci todos os andares cheguei no hall da entrada cansada e toda suada. As pessoas que ainda estavam trabalhando me olhavam com um certo nojo mas eu apenas ignorei todos e corri até a saída.

Quando avistei a purpurina corri até ele e ele me abraçou de imediato, sem se importar com o meu suor.

- Mas o q... - fui interrompida quando ele se afastou e segurou em meus ombros, me olhando nos olhos.

- Seja forte, ok? - assenti nervosa. - Sua mãe está no hospital, em estado grave.