𝕼𝖚𝖊𝖒 𝖒𝖊 𝖑𝖊𝖛𝖆𝖗á à 𝖈𝖎𝖉𝖆𝖉𝖊 𝖋𝖔𝖗𝖙𝖎𝖋𝖎𝖈𝖆𝖉𝖆? 𝕼𝖚𝖊𝖒 𝖒𝖊 𝖌𝖚𝖎𝖆𝖗á 𝖆𝖙é 𝕰𝖉𝖔𝖒?
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Beppu era popularmente conhecida como o inferno do Japão graças aos vapores quentes que saíam das águas e por vezes do solo, para Shuntarō Chishiya, no entanto, a cidade era o seu inferno particular por outros desastrosos motivos, e não importava por quanto tempo tivesse vivido alí, tudo o que ele queria era fugir das dores, memórias e perigos que nascer e crescer na cidade lhe trouxeram.
Por estes motivos, ao avistar a garota de dread encostada no seu carro vermelho sangue, Chishiya, que não tinha o riso fácil, esboçou um honesto sorriso aliviado. ─ Meu dia de sorte ─ sussurrou para acalmar a própria euforia e calmamente caminhou até que estivesse próximo o suficiente da garota.
─ Ei, Chishiya! ─ Ela cumprimentou ao notá-lo.
─ Oi, K! ─ Respondeu forjando tranquilidade. ─ Você volta para Tokyo hoje?
Ele sabia que sim, nada escapava de seus olhos felinos.
─ Infelizmente sim, os dias bons não duram para sempre. ─ mordeu o cigarro eletrônico entre os dentes. Shuntarō considerava a mania irritante, mas compreensível, vícios são complicados. ─ sentirá minha falta?
─ Acredito que não, Hikari… ─ sorriu zombeteiro ─ afinal, você tem um carro maneiro e o mesmo destino que o meu.
─ Está indo à Tokyo? ─ perguntou curiosamente.
─ Se me oferecer uma carona, estaremos indo juntos.
Kuina soltou um risinho ao observá-lo conectar os fones no celular e cobrir a cabeça com o capuz do moletom cinza. Chishiya era tão simples e misterioso que intimidava ─ assim como atraía.
─ Lamento, mas não dou carona a estranhos. ─ Kuina ironizou.
─ Às vezes devemos confiar na gentileza dos desconhecidos, menina.
Não, não devemos.
─ Você confia? ─ ergueu uma sobrancelha ─ Eu poderia ser uma assassina de aluguel enviada para te matar.
─ Nem fodendo. ─ sorriu ─ Sabe, eu poderia ser um traficante de órgãos esperando o momento certo para te matar e arrancar cada pedaço valioso do seu corpo.
Hikari e Shuntarō riram; não confiavam um no outro, mas sabiam que não havia nada a temer. Kuina apontou para a única mala do menor, abrindo o porta-malas, ele apenas puxou o celular antes de jogá-la de qualquer jeito.
─ Será uma longa viagem, vamos revezar o volante.
─ Como preferir.
Sem trocar muitas outras palavras, ambos adentraram o carro e tomaram a estrada. Olhando pela janela, Chishiya observou a cidade ficando para trás, com o coração palpitante, as mãos geladas e os olhos atentos. Finalmente o momento que sonhou por anos se tornava realidade, finalmente deixava Beppu e começava um novo capítulo de sua vida.
Não seria fácil, ele sabia, mas estava disposto a recomeçar.
─ Kuina? ─ chamou após poucas horas de viagem.
─ Sim? ─ Hikari respondeu sem olhá-lo.
─ Obrigado.
Ela sorriu, apenas, nada além e foi o suficiente.
✰:
hum, oi? eu nunca sei o que escrever em notas finais de primeiro capítulo, mas espero que tenham gostado! os capítulos não serão tão curtos, esse é apenas o prólogo (e ainda não foi corrigido).
votem e comentem, todo suporte é importante, especialmente no começo!
xoxo, jules.
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ABSINTO | chishiya + niragi. (HIATUS)
Fiksi Penggemarchishiya + niragi. Shuntarō Chishiya ansiava sobrevoar o mundo com suas lindas asas amaldiçoadas, no entanto, estava envolvido até o pescoço em toda essa porcaria errada, com a pior herança familiar que poderia obter; o sangue ruim. A vida no reform...