♕ ℭ𝔞𝔭𝔦́𝔱𝔲𝔩𝔬 III.

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      Ao pronunciar aquela simples frase, o que ainda havia de inteiro em Paolo veio a ruína

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      Ao pronunciar aquela simples frase, o que ainda havia de inteiro em Paolo veio a ruína. Uma cachoeira seus olhos se tornaram. O branco deles se tornou tão vermelho quanto carmim. No silencioso quarto fechado, o único som possível de ouvir eram os gritos de desespero vindos do corredor, e as batidas fortes na porta feitas por mãe em desespero. A mulher gritava e gritava, mas o Sr. Oliveira não se importava.

      Encolhido no canto de uma parede, o jovem olhava assustado atentamente cada movimento que seu pau fazia, ele contava os segundos para que o pior acontecesse. Seu coração estava tão acelerado que tinha a sensação que sairia por sua boca.

      — Pai… — ele tentou dizer, mas foi em vão. Seu medo tornava o negava a chance de se defender.

      — Não diga nada. — Olhou fixamente os lábios sujos de batom. — Eu não preciso de uma explicação. Você me envergonha. Me enoja. Eu sempre soube que você era um desviado, um pervertido. Mas eu te dei uma chance de mudar seu jeito — Sua voz era fria e alta. As palavra que saiam da boca do Sr. Oliveira eram como facadas dadas friamente em um inocente  — Você é sujo. Eu vejo pessoas como você perambulando nas suas. Vocês trazem sujeira. São pecadores. Você vai pro o inferno. — essa frase fez o coração do jovem parar.

      No instante em que isso foi dito, Lin pressionou seus olhos com força e tampou seus ouvido. O jovem estava completamente destruído. Ele não entendia aquilo. Por que iria para o inferno? Ele sabia de sua bondade, sabia como era doce e como seu coração era puro. Mas aquelas pesadas palavras ditas por sua pai se tornavam verdades. Verdades duras de aceitar.

      — Não, isso não é verdade. — Enfim, o jovem conseguiu dizer algo, ele pressionava sua cabeça com força, queria calar seus pensamentos e a voz de seu pai.

      — Você é uma aberração. Você é uma aberração. Você… é… uma… aberração — Sr. Oliveira repetia com rispidez incessantemente cada vez mais alto. — Eu queria que você não tivesse meu sangue. Eu não te criei para isso. Eu criei um homem. Isso é culpa da sua mãe, vivia passando a mão na sua cabeça e fazendo suas vontades.

      — Isso não é verdade, eu não sou uma aberração. Você está errado. — o jovem pressionava suas mãos cada vez com mais força.

      — Hoje você vai aprender a ser um homem de verdade, um homem como eu. O homem que eu te criei para ser. — enquanto dizia isso, o severo homem caminhou em direção à porta.

      Ele a abriu, e dona Odete continuava gritando desesperada.

      — Por favor, não faça nada com ele. Eu te imploro. — ajoelhada ela olhou-o implorando.

      O homem passou direto, ela tentou segurá-lo, mas ele era mais forte e a jogou com força contra a parede.

      — O assunto não é com você. Não fique na minha frente.

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