A mãe da Irma

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~Quando chegamos no hospital, Irma foi até uma enfermeira que estava perto da recepção, lhe perguntou algo e veio em minha direção.

- Vem! É por aqui.

~Sigo Irma pelos corredores escuros e estreitos, até finalmente chegarmos em um pequeno quarto que parecia ser desconfortável.

- É aqui que sua mãe fica?

- Sim. Infelizmente. Queria poder viver com ela em nossa casa.

Somos interrompidos por uma voz rouca e cansada.

- Filha, esse é seu namorado? Seu pai finalmente largou de você e do seu irmão? Você finalmente vai poder ser feliz?

Aquela era a mãe da Irma? Parecia jovem, porém mal cuidada.

- Mãe. Não faz isso! Ele não é meu namorado.

- Ele não sabe da história?

- Que história?- pergunto com uma cara preocupada segurando o braço de Irma.

- Para! Você não tem nada haver com isso. Isso não é problema seu.- ela fala gritando e acaba se soltando da minha mão.

- Irma, eu só quero ajudar.

- Eu não preciso da sua ajuda e nem da sua pena. Eu agradeço por ter me trazido até aqui. Porém pode ir.

- Irma. Não faz isso! Eu nem sei do que você está falando.

- Por favor, deixa eu conversar com a minha mãe.

~ Saio da sala confuso com oque acabou de acontecer. A mãe da Irma parecia tão sóbria... Como veio parar em um local como esses?

- Senhor, precisa de ajuda?- sou abordado por uma enfermeira que estava com um medicamento em suas mãos cobertas por luvas.

- Não. Obrigado. Minha... amiga veio visitar a mãe.

- Então sinta-se à vontade.

- Obrigado. Eu vou esperar por ela.

~Minutos se passavam e Irma não saía do quarto, então resolvi me aproximar devagarinho com calma e cautela, estava conseguindo escutar sua conversa.

- Mãe. Desculpa. Um dia nós vamos tirar a senhora daqui.

- Filha. Se afaste do seu pai.

- Tenho uma pergunta para te fazer.

- Pode falar.

- Teve uma festa de família i amigos que o Gabriel me levou, lá tinha uma mulher chamada Bianca..., ela disse que me conhecia.

- Filha. Esqueça isso! Você nunca conheceu nenhuma Bianca. Estou certa?

- Sim.

- Com licença.- falo abrindo a porta com cautela.

- Pode entrar. Nós já vamos embora mãe.

- Tchau minha filha. Voltem logo, estarei esperando.

- A senhora esqueceu de falar o seu nome.

- Desculpe-me. É por conta da idade. Me chamo Eleanor, o nome da Irma foi por conta do pai, Igor.

- Nossa, gostei dos nomes. Tchau senhora Eleanor.

- Não me chame de senhora. Eu tenho idade para ser sua namorada.

~ Fico com um sorriso amarelo olhando para Irma até ela finalmente dizer.

- Está na hora de irmos. Tchau Mãe!

- Sua mãe é bem engraçada...

- Ela é louca. Diz coisas estranhas. Sabia que ela falou que quer fugir comigo e meu irmão. Ela também diz que meu pai sente algo por mim...

- Nossa. Que doente.

- Vamos pra casa?

- Antes eu quero te levar em outro bar.

- Ok. Promete que não vai ter bebidas?

- Oque tem?

- Você vai dirigir e meu pai não gosta de álcool.

- E se ele não descobrir? Tenta viver um pouco mais.

- Ok. Você me convenceu. Vou tentar.

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