O Tempo

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Quem poderia olhar para o dono do tempo
E dizer que ele o desperdiça
Tocando seu rosto em um péssimo exemplo?


Quem imaginaria que o dono do tempo
Desmorona de dez a mil vezes por dia?
Seus dentes esburacados e manchados
De calmantes que dão a vida


Não pode ver como se parece
É como ver larvas devorando podridões
Talvez o dono do tempo seja algo similar
Já que morreu preso em seu lar


Inspire
Um, dois, três
Expire
Um, dois, três, quatro, cinco, seis


O café com leite que aquece seu corpo
Lhe faz recordar de tudo o que já fez
Conseguiu sucesso estando morto
Enquanto sua viva originalidade lhe faliu de vez


Mentiu para sua alma gêmea
Foi o maior mau caratismo da história
Agora se põe a escrever
Já que as lágrimas não pode ver


Um, dois, três


Como a pequena garotinha punk está?
Feche as abas e finja desinteresse
A cada segundo
Bem no fundo
Queres chorar
Não consegue evitar
Se enganar
Desmaiar
De tanto
Pensar


Depois de terminar
'Cê volta pra acrescentar
Que felizmente
Certos tempos não vão voltar


Quatro, cinco e seis


Durma, dono do tempo
Que sua posse não é a única
Coisa que por hoje enfrento
E a gente se encontra no relento
Com a ajuda do vento
Se conseguir parar teu pensamento
Vai ser um grande evento.

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