No Norte de Minas por volta de 1950 uma senhora que morava em uma casa(naquela época feita de madeira e panos) Maria da Conceição conversava com Madalena sobre o que aconteceu com ela a alguns meses atrás.
-Você sumiu o que aconteceu com você,te esperei o dia todo naquele dia e você nem deu sinal de vida esse tempo todo. -indagou madalena-
-Bom naquele dia eu estive em sua casa , mas te vi no portão saltou a cerca e eu não entendi;te chamei várias vezes... -Maria da Conceição começou-
-Eu não me recordo disso, tem certeza que era eu? -indagou Madalena-
-Bom eu realmente pensei que fosse, então continuei a chamar até que você começou a andar a passos largos pela mata,eu te segui mas por mais que tentava não conseguia te alcançar até que você parou em uma encruzilhada e ficou olhando para o horizonte quando olhei para a mesma direção havia um tipo de cemitério; muitas cruzes e alguns ossos , não sabia o que houve ali e nem porque havia me levado, quando segurei em seu ombro para te virar e questionar o motivo por estarmos ali, ouvi um grito tão estridente que caí desacordada, quando recorreu à consciência não havia ninguém ali e o cemitério também não estava, tentei voltar mas não conseguia me lembrar de nada, alguma coisa ficava murmurando algo para mim o tempo todo e quando finalmente encontrei alguém eu não ouvia nada do que dizia ; só sei que ele me levou para uma senhora no alto do morro e ela me benzia todo dia e me dava algo para beber; até que um certo dia consegui ouvir e pude falar, contei o que me acontecera e ela não pareceu surpresa disse que o ser da mata ficava na espreita para pegar algo de você, a sua visão, audição e até sua fala, disse que agora ela iria atrás de outra pessoa porquê recuperei meus sentidos e me advertiu a nunca seguir ninguém que não fala e ter cuidado com cemitérios sagrados, pois o que eu vi foi onde os guerreiros dessas matas foi torturados e nem seguer são conhecidos; eles roubam o que precisam para ser reconhecidos mas não conseguem entender o mal que faz aos outros, apenas querem libertação e os ossos que não estavam enterrados era dos desavisados que seguia a imagem do Ser.
-Deus que nos livre e guarde Maria; que coisa horrível vamos rezar por essas almas. -Madalena fala horrorizada-
-Vamos sim, hoje mesmo às seis, chamei as vizinhas e o pessoal da igreja.
-Então vou colocar um feijão no fogo e até as seis. -Madalena se despede e vai.
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Contos paranormais
Horrorrelato de várias histórias de arrepiar que aconteceu e algumas fantasias baseadas em fatos reais