capítulo 27

54 3 0
                                    

Entrei no quarto e Annie estava dormindo, Christian veio até mim.

-Não veio até aqui pra discutir com ela novamente, já foi uma luta pra ela dormir, você foi um idiota, ela chorou até pegar no sono. 

- Eu sei, por isso queria falar com ela. 

- Ucker não, deixa ela descansar, ela tá passando por muita coisa.

- você tem razão. Você pode dizer a ela que eu sinto muito e que vi nossa filha.

- E como ela está, eu tô louco pra poder pegar ela no colo.

- Ela está bem, mas eu ainda fico preocupado que possa acontecer algo, acho que nunca mais vou dormir direito enquanto ela não estiver segura e do meu lado.

- Bem vindo a paternidade. "Nós rimos e Annie, se mexeu mas não acordou".

- Os pais da Annie devem estar chegando daqui a pouco.

- eu vou ficar com ela até eles chegarem.

- Valeu Chris, eu preciso ir pra casa, eu ainda tenho que tomar aqueles benditos remédios e já passou do horário, mas se…

- Ucker vai pra casa e descansa, elas vão ficar bem.

- Obrigado, por tudo mano. "Chris e eu nunca fomos exatamente muito próximos, somos filhos de mães diferentes, então nossa relação nunca foi de muita proximidade, até porque ele me via como o filho predileto do meu pai, ele nunca aceitou nenhum dinheiro que viesse do nosso pai, o que causou muito atrito entre os dois, sei que viviam brigando, até que um dia Chris foi embora e nunca mais voltou, apenas pro meu casamento, quando ele e Annie se conheceram viviam grudados o que até me causava um certo ciúme, mas agora tudo que eu queria era ter alguém exatamente assim perto dela, que eu soubesse que podia confiar".

- Christian. " Falei da porta e ele riu".

- eu vou te ligar caso qualquer coisa aconteça Ucker. 

- Não é isso, eu tô feliz que você voltou, é bom ter meu irmão mais velho de volta. 

- Não tão mais velho. 

- Ainda vou te colocar em um asilo.

- estaremos nós dois, que mulher vai te aguentar. " Fui todo caminho pensando que não devia ter ido embora, não sem minha filha, não com aquele assunto mau resolvido entre mim e Annie, mas hoje não tinha mais nada que pudesse ser feito, quando chegamos, comi um sanduíche, tomei os remédios e fui direto pro banho, eu tentava de todas formas afastar qualquer pensamento que eu tivesse em relação a Annie, mas nada me convencia, tinha algo errado com ela, estava magra, e essa história de um suposto assalto não me descia, algo não estava batendo, e na nossa discussão em Alguns momentos ela falou no plural, como se não fosse somente de mim que ela estava farta, minha cabeça estava uma confusão, sai do banho e Maite estava deitada com uma camisola, sentei na cama  e peguei o celular, o qual ela logo tirou da minha mão".

- chega de se preocupar com o mundo lá fora, agora eu vou cuidar de você. " Ela fez um pouco de massagem em meus ombros e distribuiu alguns beijos no meu pescoço e eu levantei da cama".

-Mai desculpa, mas hoje não vai rolar. 

- Por que não?

- eu tô muito cansado.

-Era isso que você dizia pra Annie quando estava traindo ela, você tem outra pessoa?

- Mai acabei de sair do hospital, nem cheguei em casa direito e tive que correr pro hospital ficar com a Annie e com a minha filha, passei o dia inteiro preocupado se as duas iam sobreviver. Eu não tô com cabeça pra isso agora e você falar sobre a Annie não ajuda em nada. "Peguei um travesseiro e um cobertor e Maite veio até mim".

Dark SecretsOnde histórias criam vida. Descubra agora