Burial

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14 de Abri, 1986

As ruas de New York, sempre foram bonitas, principalmente quando a noite caía na cidade, que estava cada vez mais bela. As luzes, que estavam sendo colocadas devagar, iluminavam a noite, junto com as estrelas e a lua. Tudo estava perfeito, para um encontro ou até mesmo, para um passeio noturno – mesmo não sendo algo que casais costumam fazer. Porém, sempre existiu exceções, e uma dessas é entre dois adolescentes.

Um jovem casal andava de mãos dadas pela cidade, ás vezes trocavam sorrisos ou até mesmo olhares. Olhando para a frente, a menina de cabelos soltos, logo coloca uma mecha dos seus fios cacheados atrás da orelha, enquanto sorria envergonhada. Já o garoto, esse apenas olhou com mais intensidade para a menina, admirando e memorizado cada detalhe que emergia da menina. Céus, ele estava tão apaixonado pelo a garota de olhos azuis.

Richard Parker, nunca havia pensado na possibilidade de se apaixonar ou até mesmo, que iria acabar amando uma das amigas de May. Mas lá estava o menino, estava totalmente rendido na personalidade e beleza que emergiam de Mary Lewis. Desde daquele dia que a viu, o destino de ambos foram basicamente traçadas, e se embolaram em um nó firme.

Ambos logo começaram a ficar tão próximos, que era difícil dissociar Mary de Richard, e vice versa. Chegou até mesmo em um ponto, que era raro, encontrar Richard sem companhia de Lewis – causando um certo ciúmes surgir no interior de May, por estar perdendo a melhor amiga e o irmão, mas era apenas um ciúmes bobo.

Depois de um ano e pouco, Richard finalmente tomou coragem, e pediu Mary em um relacionamento. A morena, simplesmente havia aceitado com tanta animação, que fez o coração do pequeno ex-órfão transbordar de ternura e felicidade. Desde daquele dia, o Parker estava literalmente tão radiante, estava tão diferente daquele garotinho que mesmo quando estava feliz, uma pitada de tristeza o acompanhava.

Patrícia e Gary, durante todos os anos que conheciam o filho adotivo deles, nunca pensariam que iriam ver Richard pulando de felicidades, principalmente no mês de Abril ou Outubro – o primeiro por ser o mês, que a pequena Margaretth havia falecido, e o segundo, pois era o mês de aniversário dela. Mas, o impossível aconteceu, o garoto vivia sorrindo, mesmo nesses dois meses, onde ele apenas ficava triste em apenas um dia especifico.

Avistando uma pequena sorveteria, Mary olhou com os olhos azuis vibrantes, para Richard, as seus dois globos oculares brilhando diversão. Richard, vendo os olhos da sua namorada, logo assentiu vagarosamente, indicando que a sorveteria séria a próxima parada dos dois. A Lewis, vendo tal movimento, logo começou a correr e puxar o namorado, que apenas o acompanhou com um sorriso meigo, brincando em sua face.

Assim que ambos chegaram no lugar, que era pequeno e sem nenhum daqueles luxos extravagantes, que os lugares estavam começando a adquirir, o casal sentiu que uma onda de calor e conforto invadir os seus corpos. Mary e Richard, sempre foram pessoas humilde, então aquele sorveteria, estava perfeita nos olhos de ambos.

- Sejam bem vindos, quais sabores desejam? – a voz alegre de uma mulher, fez o casal se entre olharem.

- Um de Baunilha e um de Menta. – Mary responde, vendo Richard apenas a olhar – Pode colocar no cascão de cesta, e também coloca confetes.

- E não se esqueça dos tubinhos. – Richard completa, enquanto a recepcionista apenas arrumava.

- Está aqui... Vão querer mais algumas coisa? – Mary nega com a cabeça – Deu cinco dólares.

- Por acaso, vocês tem JukeBox? – a moça assente, enquanto apontava para um canto – Muito obrigado...

- Fiquem a vontade...

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