Alliance

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13 de outubro, 1990

Era uma noite fria , quando a vida de Mary e Richard, mudou drasticamente. O casal, que um dia já haviam caminhado de mãos dadas e sorrindo o Central Park, hoje se encontravam andando lado a lado, como se fosse dois estranhos. Era tão estranhos ver aqueles dois daquele jeito, principalmente que um dia já haviam visto ambos.

Mary, se encontrava encolhida naquele sobretudo cinza, com os lábios e a ponta do nariz, enterrado no cachecol azul turquesa. Seus cachos volumosos, estavam soltos, porém uma touca cinza se encontrava, a protegendo. Já ao seu lado, um homem com uma postura prepotente se encontrava. Os cachos – totalmente desmanchados – estavam arrumados em um penteado, e seu corpo, uma roupa social na cor preta se encontrava.

De vez em quando, Mary mandava um olhar na direção do Parker, apenas para ser recebida com um expressão suave de rispidez. A Lewis, não compreendia até hoje, do porque Richard ter mudado da água para vinho, tão rapidamente. Esta certo, que ele perdeu os pais, mas isso não era desculpa para ele se tornado um ser arrogante e esnobe. Richard Parker, tinha virado exatamente uma cópia de Howard Stark... Ele havia se tornado, tudo aquilo que Mary Lewis odeia em um homem.

Não aguentando mais aquele clima tão tenso, a Lewis logo para de andar pelo Parque. A mulher logo parou para refletir tudo que estava acontecendo na sua vida, nesses últimos anos. Ela estava noiva, mas ao mesmo tempo não, ele ama o Parker, mas tem momentos que ela o odeia com todas as suas forças. Mary Lewis, acaba de perceber que ela não sabia ao certo o que estava fazendo da vida, era isso mesmo que ela queria? Continuar com um cara, que era esnobe, arrogante?

Richard, notando a repentina mudança na Lewis, logo para também e se vira na direção da menina. O Parker, estava confuso com as expressões faciais que Mary formava, era até como se ela estivesse analisando tudo ao redor. Encarando o homem, Mary tentava procurar resquícios do antigo Richard, do garoto que a havia conquistado pela a timidez e sorrisos meigos. Entretanto, a única coisa que ela enxergava, era aquele homem... nada do garoto que ela um dia amou.

- Isso, não está mais dando certo, Richard. – a voz dela, saiu baixa e tristonha.

- Andar no parque de noite? Ainda bem que a ficha caiu. – Richard rebate, totalmente entediado com tudo – Vamos logo, antes que pegamos um resfriado.

- Eu não vou... – o Parker estreitou os olhos, enquanto avançava mais até a Lewis.

- Mary, vamos logo, eu tenho que te levar para casa. Amanhã eu tenho trabalho cedo, e estou exausto! – a Lewis continuou na mesma posição, enquanto encarava Richard com uma expressão aflita.

- Eu não posso mais adiar isso, Richard. – o homem rola os olhos.

- Adiar o que, Mary?

- Isso que temos. Isso não é algo que eu sonhei que desejava! Isso que temos, não é um relacionamento, e muito menos amor! – a mulher exclama, com a raiva começando a dominar o seu interior.

- Não fala as asneiras, Mary. E vamos logo... – Richard tenta agarrar a mão da noiva, que se afasta.

- Asneira? – uma risada escarnia é ouvida – Você me ama mesmo, Richard? Eu te amo mesmo? Eu acho que não... para ambas as perguntas!

- Você na não sabe nada de mim, Mary! Incluindo os meus sentimentos. – o Parker rosna, fazendo Mary ficar na defensiva.

- Como se você soubesse sobre mim. Você não sabe mais nada da minha vida, Richard! – a voz da Lewis saiu trêmula, enquanto lágrimas começaram a se acumular em seus olhos – Você sabia que meu pai, faleceu mês passado? E você não estava no enterro dele! Eu precisei de você! Eu queria meu noivo ao meu lado, e você nem ligou!

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