Capítulo [7]

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A primeira a se arrumar foi Sana, ela vestiu uma jardineira preta e uma camisa branca por baixo. Era simples, mas a deixava confortável e mesmo assim ela não tinha muitas roupas à sua escolha.

Quando Tzuyu chegou na sala, Sana a observou e depois olhou para si mesma comparando mentalmente a diferença entre suas roupas. A maior vestia uma blusa de alcinhas azul marinho, um blaser escuro e uma calça preta.

— Acho melhor eu vestir uma roupa mais adequada. — Sana afirmou se levantando do sofá.

— Você está ótima assim. — Tzuyu se aproximou e beijou a testa dela. — Está linda.

Sana assentiu e logo elas pegaram um táxi à caminho da casa dos Chou's. A japonesa ficou impressionada com o tamanho da propriedade, teve certeza de que apenas o jardim era maior que a sua casa, pelo menos umas três vezes.

Elas foram recebidas pela própria Yeni, que as aguardava no topo da escadaria. Ela vestia-se como sempre muito bem, e naquela noite não seria diferente. Mesmo de longe era possível notar o jeito que ela olhava para Sana, um olhar julgador, cheio de desprezo.

Mas a japonesa era virtuosa demais para perceber isso.

— Boa noite! — Ela as saudou, observando a mais jovem de cima à baixo. — Vamos entrar, todos estão esperando.

— Todos? — Tzuyu perguntou. Ela colocou a palma nas costas de Sana e a guiou ao seu lado. 

— Sim, querida. Seu pai, Elkie, Lay, a mãe dele e o doutor Sullivan. — Respondeu simples e seguiu para dentro deixando a filha perplexa.

Tzuyu já começava sentir aos poucos, a sua frequência cardíaca aumentar. Estava ficando difícil para respirar e até mesmo estava sentindo um leve tremor nas pontas dos dedos. Ela fechou os olhos se concentrando na respiração, tentando se controlar.

— Tzuyunnie, você está bem? — Ouviu a voz de Sana ao seu lado e abriu os olhos encarando-a.

— Estou. — Sorriu para ela, respirando profundamente. — Vamos. — Continuou sorrindo guiando a mais nova sempre ao seu lado. Sem tirar a palma de suas costas.

— Pensei que não viria. — Elkie afirmou olhando para a irmã, em seguida, voltou-se para a japonesa. — Olá Sana, é um prazer recebê-la em nossa casa. Por favor, fique à vontade.

— Obrigada. 

— Oi Tzuyu. — Lay à cumprimentou seguindo em sua direção, mas fôra cortado por Yeni. 

— Filha, este é o meu amigo, o doutor Sullivan. — Ela puxou Tzuyu pelo braço, para que a acompanhasse até o psiquiatra. Este, era um homem de aparência sagaz, possuía todos os fios em tons branco acinzentado, a barba um pouco crescida, mas bem aparada. Os olhos como de uma águia analisava a morena em todos os aspectos. — Adam, esta é minha filha a quem lhe falei.

— Olá, como vai? — Sullivan ergueu a mão, sendo aceita por Tzuyu, que a segurou de imediato.

Embora aquilo estivesse a irritando, Tzuyu queria mostrar o quanto estava bem e que não precisava dos serviços daquele homem. Faria de tudo para não cair na armadilha de sua mãe.

— Estou bem e o senhor?

— Excelente. — Sullivan continuou apertando a mão dela, olhando-a tão profundamente que Tzuyu engoliu em seco. — Venha me ver em meu consultório, gostaria de conversar com você.

Quando Tzuyu abriu a boca para responder, antes que pudesse articular qualquer palavra, Yeni introduziu-se com pressa em sua frente.

— Vamos, o jantar já será servido — Afirmou sorridente. 

A Garota de Cabelo Rosa - SaTzuOnde histórias criam vida. Descubra agora