Capítulo [17]

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A reunião com a senhora Zhang ocorreu tranquila, de modo que ambos os lados ficaram satisfeitos com os termos. Encontravam-se a senhora Zhang, Tzuyu e Sana na sala da mais velha, conferindo os últimos acertos.

A japonesa ficou grande parte do tempo calada. Quase não entendia o que era dito pelas mais velhas. As únicas vezes em que abriu a boca foi para concordar com algo que Tzuyu dizia.

— Chou Yeni me contatou. Disse que houve um contratempo na questão do casamento, mas que logo vai resolver. — Tzuyu soltou um longo suspiro incomodada. — Mas não se preocupe, eu não pretendo reaver o acordo, de todo modo.

— Não estou preocupada. Nunca quis me casar com seu filho. Se aceitei o acordo com minha mãe foi unicamente um ato de desespero para tentar salvar o pai de Sana.

— Nunca? Vocês namoraram quando eram adolescentes.

— Seu filho me deu motivos suficientes para que eu nunca chegasse a pensar em casamento.

— Vamos mudar de assunto. — A senhora afirmou sorrindo sem graça.

Sana apertou levemente a mão da morena. Tudo bem que Tzuyu estava certa, mas não era bom que ficasse dando suas patadas na mulher que iria investir em seu negócio.

Mas Tzuyu era impulsiva demais.

— Melhor assim. — Ela concordou e lançou um olhar para a japonesa que significava “tudo sob controle”.

— Então, essa sua equipe pode dar conta da nova filial?

— Ela ainda não está completa. Mas conheço alguns nomes bons, bastantes promissores. Vou contatar todos e daremos início aos trâmites.

— Ótimo. — Elas se levantaram e apertaram as mãos. — Como sempre, estou impressionada com seu talento de gerenciar negócios.

— Obrigada. Vamos, meu bem?

Sana também apertou a mão da senhora Zhang, e depois segurou na mão da namorada.

Elas saíram da empresa ainda de mãos dadas, e caminhavam pela calçada seguindo até um ponto de táxi.

— Ai, eu quase esqueci! Tenho a entrevista na universidade hoje às três da tarde.

Tzuyu olhou em seu relógio. Ainda faltavam quarenta minutos até lá.

— Ainda dá tempo. — Ela disse calmamente e se voltou ao motorista. — Amigo, poderia pegar a avenida Tchaikovsky? Poderíamos chegar mais rápido através dela.

— Claro, pode deixar comigo. Se eu não fosse um taxista, seria motorista de fuga.

Sana começou a mexer nos próprios dedos de maneira descoordenada. O nervosismo e a ansiedade tomando conta da sua sanidade.

— Vai dar tudo certo. — Parou de bater o pé no chão do veículo quando sentiu a mão de Tzuyu pousar sobre a sua. — Está preparada para isso.

— Sim… eu… você me ajudou treinando comigo pra entrevista.

— Exatamente. Além do mais, você é inteligente, talentosa e simpática. Tenho certeza que essa vaga já é sua.

Sana suspirou, erubescendo com os elogios.

— Você tem razão. Eu consigo... Que tal um beijinho de boa sorte?

Tzuyu sorriu e aproximando seus rostos, beijando-a levemente.

— Que tal dois? — Ela indagou ainda com os lábios juntos, e a beijou novamente. Dessa vez com mais intensidade.

O motorista fungou, e elas separaram o beijo.

— O senhor está bem? — Sana questionou preocupada.

A Garota de Cabelo Rosa - SaTzuOnde histórias criam vida. Descubra agora