05. Aquele com Uma droga chamada paixão

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Ariel queria ter chegado no Clube naquela noite com novidades, mas o que ela falou não foi nada surpreendente para o grupo.
Rose bateu com a mão na testa e negou com a cabeça quando ela falou sobre Justino.

- Foi muita burrice da minha parte não ter pressuposto que o tio Harry não pensou em usar o mapa do maroto para resolver esse caso. - Ela lamentou.

- Todos nós fomos. - Ariel consolou a menina.

Rose conseguiu se concentrar em algo novo. Ao contrário de Ariel, ela entendeu que o professor Keller havia feito uma referência quando mencionou o terceiro livro da saga para a menina.

- Bom, vou precisar ler esse livro, se quero entender melhor a teoria do professor. - A Weasley falou.

- Eu tenho, posso te emprestar. - Ariel falou. - Mas não seria melhor se você lesse o segundo também?

Rose tinha facilidade de ler qualquer livro, menos a saga de Harry Potter, mas ia se esforçar para entender onde o professor Keller estava querendo chegar.

- Você não quer que eu simplesmente resume a história para você agora? - Ariel perguntou, mas Rose negou veementemente com a cabeça.

- Gosto de saber tudo. Só assim podemos formar uma opinião. - Alvo olhou para Ariel como se dissesse " Desista de tentar facilitar a vida dela!"

-Tudo bem, amanhã mesmo te empresto meu livro. -Ariel falou.

- Ótimo, agora, vamos indo, antes que fique tarde demais. - A Weasley falou, se levantando.

- Ti, espera um pouco, por favor. - Ariel pediu colocando sua mochila nas costas.

-É, espera um pouco, Ti. - Scorpius falou e Alvo deixou escapulir uma risada, Rose revirou os olhos, mas também havia achado graça. Ariel apenas encarou os garotos com um olhar que fez eles desejarem " Boa noite" e irem embora correndo para seus dormitórios.
Tiago voltou a se esparramar na poltrona.

- Tá tudo bem?- O garoto perguntou e a menina balançou a cabeça, concordando.

- Sim, está. É que...eu queria te pedir um favor.

- É só falar. - O garoto falou, se inclinando e apoiando seus braços no joelho.

- Eu queria que você deixasse eu ficar com o mapa do maroto todas as noites. - Ela falou. - Tudo bem se não quiser, sei que precisa dele. É que, quando eu tive um sonho com a minha mãe, e abri o mapa, tendo certeza que ela não estava aqui, foi mais fácil manter o controle e voltar a dormir.

- Pode ficar. - Tiago falou e Ariel se assustou, ele não fez condições, nem nada do tipo. E ela sabia o quanto o garoto considerava aquele pergaminho.
- Não acredito que ficou tão surpresa! Ei, eu priorizo a saúde mental das pessoas que eu amo mais do que uma boa noite de farra, viu?

- Como assim " Noite de farra"? - Ariel perguntou, mas sua expressão suavizou quando ela digeriu o resto da frase-  Então você me ama? - A garota falou e Tiago riu, ele passou seu braço pelo ombro da garota, o contraste da altura dos dois fazia a menina ter que ficar com a cabeça completamente erguida para encará-lo.

- Sabe, tem algo que eu descobri sobre você.

- O quê?

-Você não é boa em perceber as coisas que estão bem debaixo do seu nariz. - Ariel apertou os olhos quando ele apertou delicadamente o nariz dela. - Boa noite, Ari.  - Tiago deixou um beijo em sua bochecha e saiu do clube.

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Ariel estava começando a achar que os sonhos eram coisas da sua cabeça.
Talvez fosse apenas sua mente querendo que sua mãe mandasse sinais.
Ela sentiu que estava apenas se autossabotando.
Pois, era Outubro, e depois dela tomar a posse do mapa do maroto, nenhuma pista lhe foi dada.
As vezes, antes de dormir, ela checava o pergaminho, e, de vez em quando, dava de cara com o nome de Justino estampado no terreno.

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