*_Sorry_*

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*_Capítulo 28_*

"O destino conduz o que consente e arrasta o que resiste."_Séneca.




...
-...tome cuidado Halley, algo me diz que Kira vai aprontar.- disse Zara.

-não se preocupe se algo fora do normal acontecer entrarei em contacto de imediato. - assegurou Halley.

Zara entrou no carro e o motorista não tardou a sair da mansão. Após deixarem Natasha no colégio o motorista levou Zara até a casa do seu pai. A casa era muito grande e bonita, era uma linda casa de campo longe de todo o caos da cidade, o verde das plantas deixava Zara calma, mesmo que no seu íntimo algo a incomodasse, um mal pressentimento, ou um sentimento ruim. Fora recebida com um abraço caloroso de Catherine, era uma mulher bastante afetuosa. Com a sua calça social preta, a camisola de gola alta vermelha e o blêizer xadrez em tons de vermelho, verde e preto mostravam a sua elegância natural e a sua beleza indígena.

-ainda bem que você veio.- falou Catherine com um sorriso carinhoso nos lábios.- seu pai não para quieto!

Zara sorriu e aceitou ser levada até o jardim onde tomariam o dejejum. O baba de Zara a recebeu com um abraço que por anos Zara tivera sentido falta, aquelas feridas causadas tinha cicatrizado mas deixaram uma marca na vida de Zara que jamais seria esquecida.

-fico feliz em saber que veio Aza.- falou o baba de Zara a guiando até à mesa onde o pequeno almoço os esperava.- será sempre muito bem vinda aqui.

-eu quase morri de fome.- reclamou Rumi. Com o seu macacão xadrez em tons de rosa e branco. Seu cabelo estava preso com duas tranças de cada lado e o seu piercing inseparável não parava de marcar o seu lugar.

-você sempre está faminta Rumi, eu nunca vi uma ciclista tão faminta quanto você.- respondi.

-baba, você ouviu o que ela disse?- perguntou Rumi.

-eu quero pegar o meu neto.- falou o pai de Zara pegando Yerik dos braços dela.- está a cada dia maior e se parece muito com Aleksey.

- não consigo parar de admira-lo, é o bebé mais lindo do mundo.- falou Catherine brincando com o pequeno Yerik.

-eu fico feliz em ver o meu filho ser tão amado.- disse Zara com um sorriso.- Aleksey liga a todo momento para saber como nós estamos, sem esquecer de Natasha que canta para ele várias músicas.

-somos uma família e temos que cuidar sempre uns dos outros.- falou Rumi afagando a mão da sua irmã.

-e onde está a minha neta?- perguntou o baba de Zara após um breve momento de silêncio.

-Natasha está na escola baba. Ela queria muito vir conhecer a casa do babu.- Zara sorriu ao lembrar que Natasha quase chorou apenas para poder conhecer a casa do babu.

-você deveria ter deixado a menina vir.- disse Rumi.- é apenas um dia.

O pequeno almoço tinha sido bastante agradável, aquele clima de campo encantava Zara, mas nem mesmo toda essa paz conseguia deixar Zara totalmente tranquila, um mal pressentimento afogava o seu pobre coração. Alguns minutos antes do meio dia, Zara voltou para casa com um Yerik adormecido nos seus braços, o novo motorista era bastante eficiente e tranquilo o que também tranquilizava Zara que tivera passado por um trauma que lutava para superar a cada dia.

Zara estava sentada na sala de estar, aguardava por Aleksey que estava um pouco atrasado para o almoço, Yerik dormia no berço sendo supervisionado por uma das empregadas de confiança de Zara. Do seu lado também estava Kira que sorria sem parar ao conversar com Yelena, Vassily lia o seu jornal distraído do que se passava a sua volta.

Zara olhava as horas preocupada, o motorista demorava em trazer Natasha da escola e ela conhecia muito bem os horários da filha. O motorista de Zara entrou na sala de estar sem Natasha do seu lado deixando o coração de mãe de Zara ainda mais assustado.

-onde está Natasha? - perguntou preocupada.

-a menina Natasha não estava na escola.- disse o motorista.

-COMO ASSIM? ONDE ESTÁ A MINHA FILHA?- perguntou Zara alterada.

-senhora, a professora disse que alguém foi a mando da senhora pegar a menina Natasha.- tentou explicar o motorista.

-O QUÊ?- perguntou Zara exasperada.- eu não mandei ninguém pegar a minha filha!

-calma Zara tudo vai ficar bem.- falou Yelena tentando acalmar os nervos de Zara.- talvez foi a mãe de uma colega.

-como eu vou ter calma se alguém levou a minha filha?!- perguntou Zara com os nervos a flor da pele. As suas lágrimas escorriam livremente.

-o que está acontecendo aqui?- perguntou Aleksey confuso, suas esferas azuis circulavam por toda sala a espera de uma resposta.

-levaram a nossa filha Aleksey!

- como assim?- perguntou confuso.

-alguém pegou a Natasha na escola, alegando ter sido autorizado por Zara.- explicou Yelena.

-a minha filha não porra!- falou quebrando o vaso a sua frente.- vamos acionar a polícia.

-eu não entendo porquê tanto nervosismo.- falou à sogra de Zara, que desde que toda aquela confusão começara se manteve concentrada no seu livro.

-usinichukulie kwa uzito, kwani ninakuhakikishia kuwa sitajibu!- respondeu Zara na sua língua.

Quando ficava irritada não conseguia se conter e acabava por soltar algumas palavras no seu dialeto.
As horas passavam e nenhum sinal de Natasha, a polícia tinha sido acionada e procurava pela menina arduamente, o baba de Zara também tinha disponibilizado os seus seguranças para procurar a neta, o carinho que sentia por ela era o mesmo que sentia por Yerik, para ele ambos eram seus netos sem preferências. Zara se sentia perdida, a culpa a consumia, dentro do seu íntimo sentia que poderia ter se dedicado ainda mais a sua menina.
Kira gargalhava de alguma coisa que escutava no seu telefone, e logo em seguida os sensores de Zara a alertaram. Com todo a raiva que a consumia Zara arrancou o telefone de Kira jogando-o para longe.

-FOI VOCÊ!- falou Zara irritada, as suas pupilas estavam dilatadas.- você roubou a minha filha.

-agora você enlouqueceu de vez! Porquê eu roubaria aquela pestinha imunda?- perguntou com desdém.

-Zara vamos manter a calma meu amor.- pediu Aleksey colocando o telefone no gancho.- é melhor você tentar descansar.

-NUNCA MAIS SE ATREVA A CHAMAR A MINHA FILHA DE IMUNDA!- gritou Zara esbofeteando o rosto de Kira.

Um fio de sangue escorreu do canto da boca de Kira. A sogra de Zara levantou assustada tentou ajudar sua filha mas fora impedida por Vassily. Klavdia entrou pela porta principal junto de Sergei ambos olhavam para a cena a sua frente chocados.

-parece que o circo pegou fogo.- falou Klavdia um pequeno sorriso nos lábios.

-não provoca!- repreendeu Sergei.

-ELA É UMA PUTA IMUNDA.- gritou Kira, e logo em seguida gargalhou histericamente.- ELA NUNCA VAI FAZER FALTA, BASTARDAS NÃO FAZEM FALTA.

Zara não mediu esforços quando pulou em cima de Kira jogando-a no chão com brutalidade. Zara batia em Kira sem controle, as bofetadas e os socos desferidas por Zara faziam o rosto de Kira ficar desfigurado e o seu grito histérico ser ouvido por toda casa, Zara estava habituada a lutar para se defender, crescera em uma tribo onde todos os dias lutavam pela sobrevivência, era uma verdadeira selva de leões. Kira tentava se defender dos golpes de Zara. Foi preciso Aleksey e Sergei segurarem Zara com bastante força para que ela ficasse longe de Kira que mal conseguia ficar em pé. Yelena e a sogra de Zara a levantaram com dificuldades ouvindo os gemidos dela de dor.

-isso é só por você ter falado coisas horríveis sobre a minha filha.- falou Zara tentando se livrar dos braços que a prendiam, sua respiração estava ofegante.- se eu souber que você encostou um dedo na minha filha, vou matar você com as minhas próprias mãos.

...

A Luta Pela Felicidade Onde histórias criam vida. Descubra agora