*_Sweet Child O'Mine_*

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*_Capítulo 17_*

"A educação exige os maiores cuidados,  porque influi sobre toda a vida."_Séneca.



...
e deixar o seu coração mais tranquilo, sentia que toda a tristeza de Zara também passava para o seu filho.

-fala comigo meu amor.- pediu Aleksey em meio ao abraço.

-o meu pai voltou e quer conhecer a Rumi. Eu não posso deixar isso acontecer.

-ya nye panimaiu. Não deveria ser uma boa notícia?- perguntou Aleksey confuso, coçando a sua barba por fazer.

-não, quando se tem um pai como o meu.

-calma meu amor, se você não quer que ele veja a Rumi, então nós não deixaremos.

-asante sana.- agradeceu.- eu queria que as minhas saíssem daquela casa e fossem para um outro lugar.

-você pode procurar uma casa nova para elas, que seja do seu agrado.- respondeu Aleksey beijando o alto da cabeça de Zara.

Com um meio sorriso nos lábios, Zara beijou Aleksey com paixão e devoção. As suas mãos puxavam os cabelos loiros quase brancos de Aleksey, o instigando a não cessar os beijos. Ignorando a presença do motorista, Aleksey colocou Zara sentada no seu colo com as duas pernas de cada lado; intensificou o beijo e aproveitou para apertar os seus seios sobre o vestido discretamente.

-aqui não.- disse Zara com um sorriso malicioso nos lábios.

O motorista estacionou e o casal desceu como se nada tivesse acontecido dentro do carro.
Zara e Aleksey estavam prontos para subir e terminar o que tinham começado no carro, mas foram interrompidos pelo mordomo que os comunicou que alguém os aguardava na sala de estar. Chateado Aleksey guiou Zara até à sala de estar, onde sua mãe e suas irmãs conversam com um homem desconhecido.
Zara estancou os seus passos e o seu sorriso morreu no mesmo instante dando lugar a um sentimento de mágoa nunca esquecido. Ele não tinha mudado quase nada, até mesmo o tempo tinha sido generoso com ele.

-olha quem veio ti visitar Zara.- disse à sua sogra destilando o seu veneno.

-Aza.- chamou o homem sentando no sofá.

-não me chame assim. Você não é mais o meu baba.- Zara respondeu rude.

-você será sempre a minha Aza. Deixou de vestir o buibui.- disse o pai de Zara a olhando com tristeza nos olhos.- você deve ser o Aleksey, sou o baba de Aza.

-priatna paznakomit'sa sr. Ayomide. - respondeu Aleksey sem desgrudar os olhos de sua esposa que parecia nem estar ali.

Zara se sentia sufocada dentro daquela casa, precisava de ar antes que explodisse ali mesmo. Ver o homem que um dia foi alguém importante na sua vida a fazia recordar de momentos que Zara preferia esquecer.

-vá embora.- disse Zara tentando conter os seus nervos, não queria que o bebé fosse consumido pela sua raiva.

O sr. Ayomide tentou se aproximar de Zara, mas ela parecia abominar a presença dele. De alguma forma ele esperava por uma reação como aquela por parte da sua filha. Quando queria, Zara poderia ser bem pior que um osso duro de roer.

-vamos conversar Aza por favor.- pediu o sr. Ayomide.- eu ainda sou o seu baba.

-QUAL BABA É CAPAZ DE ENTREGAR A PRÓPRIA FILHA PARA SER VIOLADA, EM TROCA DE ALGUNS ALIMENTOS!- gritou Zara, jogando o primeiro vaso que viu a sua frente na direcção do seu baba, mas a mira dela era péssima.- EU ERA UMA CRIANÇA!

Aleksey olhava para Zara assustado, ele conseguia sentir a dor que consumia Zara naquele momento. A mulher que ele amava estava sem forças, a mulher que ele amava era muito mais forte do que ele imaginava.

-eu me arrependo amargamente de ter feito isso com você. Eu nunca consegui me perdoar por todo o mal que ti causei Aza.- respondeu o homem com lágrimas nos olhos.- todas as noites o sentimento de culpa me consumia, nunca mais fui o mesmo.

-você é o culpado por todo o mal que nós passamos. Eu encontrei a minha mama enforcada por amor à você!- disse Zara tentando se soltar dos braços de Aleksey.- a Rumi era tão pequena e viu tudo. A minha mama se matou porque você a trocou por uma mulher rica.

-Aza, eu era jovem e ganancioso, não compreendia como as coisas funcionavam. Me arrependo de ter feito vocês passarem por tudo isso. Espero que algum dia você me perdoe.

-EU NUNCA VOU PERDOAR VOCÊ!- gritou Zara com lágrimas nos olhos.- a sua Aza morreu no dia em que você acabou com todos os sonhos dela.

-sr. Ayomide, é melhor ir embora. Em outro momento entrarei em contacto com o senhor.- respondeu Aleksey com o seu tom polido.- agora vamos subir meu amor.

-eu vou, mas não vou desistir de você minha Aza.- foram as últimas palavras do baba de Zara antes de sair.

Algumas horas passaram após o ocorrido, Zara estava deitada na sua cama com a cabeça encostada no peito de Aleksey que acariciava o seu cabelo, sem dizer palavra alguma compreendia que a sua esposa precisava daquele momento para refletir. Tudo na cabeça de Zara estava confuso, ela odiava ter de lembrar como encontrara a sua mãe, eram uma das piores lembranças que Zara guardava na sua memória, isso depois de ser violada.

-eu encontrei a minha mãe enforcada na nossa antiga casa, na verdade a primeira pessoa a vê-la foi a Rumi. Ela era uma criança.- disse Zara com a voz embargada, tentava lutar contra as lágrimas a todo custo.- no chão tinha uma revista de fofoca que falava do casamento daquele homem com outra mulher da alta sociedade, lá dizia que eles pretendiam ter filhos e que se amavam muito.

-Zara...

-não diga nada, por favor.- pediu colando o dedo indicador nos lábios de Aleksey o impedindo de falar.- o meu nome era Aza, mas quando a minha mama morreu, eu não queria mais ser a Aza, foi assim que nasceu a Zara. A minha mama ela culpava a Rumi por aquele homem nos ter abandonado, a Rumi era pequena, não lembra de nada.

-meu amor.- disse Aleksey apertando ainda mais Zara nos seus braços.- nós cuidaremos dos nosso filho, muito melhor do que os nossos próprios pais. Porque não vai faltar amor.

-obrigada por cuidar de nós.- respondeu Zara, as suas lágrimas escorriam pelo seu rosto.

-ya lyublyu tibya.- disse Aleksey em russo. Os seus olhos brilhavam ao olhar para Zara.

Mesmo sem compreender Zara sorriu presumindo ser algo bom. Beijou os lábios de Aleksey com urgência sentia falta do calor que emanava do seu corpo. Ao menos naquele dia Zara queria que Aleksey ficasse ao seu lado e não fosse embora, se sentia tão dependente dele, mas ainda assim não era amor ao seu ver.

-sra. Leonov infelizmente preciso voltar para a empresa tenho alguns documentos para pegar e revisar.- disse Aleksey tentando levantar da cama.

-Não!- exclamou Zara o impedindo de sair.- não nos deixe sozinhos, por favor.

Zara apertava Aleksey como se ele pudesse desaparecer. Se sentia vulnerável pela primeira vez, Aleksey era diferente de muitos homens que não estariam dispostos a carregar o peso do passado dela. Ele admirava a força dela, e isso fazia com Zara se sentisse ainda mais confusa com os seus sentimentos.

...

A Luta Pela Felicidade Onde histórias criam vida. Descubra agora