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madalena

Despertei assustada, ao sentir algo pesado na minha cama. Sentei-me num ápice, alcançando o interruptor do candeeiro.

Quando encontrei o Ander a olhar para mim, a  vontade de o estrangular aumentou.

- O que estás aqui a fazer?

- Queria pedir-te desculpa.

- Está tudo bem. - Suspirei, exausta de toda a confusão que tem existido entre nós. - Eu é que te devo um pedido de desculpas. Ontem só quis provocar-te e magoar-te.

- Resultou. - Baixou a cabeça. - Se vamos fazer isto, temos que estar na mesma sintonia. Estou farto de ficar na merda por tua causa.

- Eu sei. Tens razão.

- E em relação ao Nano, claro que me vai afetar sempre que te vir com ele.

- Tens que aprender a confiar em mim, tal como eu vou precisar de o fazer contigo. - Guiei a minha mão até á dele. - Se isto nos fizer mais mal que bem, vamos simplesmente parar. - Ele concordou comigo.

- Agora deixa-me tomar banho.

Balançou a cabeça negando, inclinando-se para mim. Levou os meus lábios num beijo calmo. A sua mão entrelaçou nos meus cabelos, fazendo-me deitar na cama lentamente.

Arrastou-se para cima de mim, sem nunca deixar de me beijar. Como precisava de sentir o seu toque, depois de ontem.

- Vamos para as Maldivas com eles. - Desceu os lábios pelo meu queixo e pescoço.

-Mantive-me em silêncio.

- Sem miúdas. Sem o Nano. É uma boa altura para nos conhecermos sem pressão, sem ser na casa dos nossos pais.

- Também pensei nisso, mas não sei se consigo convencer o meu pai. Nunca viajei.

- Nisso, posso ajudar-te.

Subiu novamente os lábios para o meu rosto, deitando-se por baixo dos meus lençóis. Fiquei um pouco receosa que alguém entrasse, mesmo que o quisesse ali comigo.

- Os nossos pais não podem descobrir.

- Tranquei a porta. - Murmurou baixo, a passear os lábios pela minha pele. - Quando sai do quarto, eles não deram conta.

- Quantas vezes entras e sais á socapa?

- Algumas. Mas não vai voltar a acontecer, pelo menos como acontecia antes.

- Devo perguntar?

Encolheu os ombros, afastando-se da mim.

- Trazia-as para cá. A minha mãe nem se apercebia. - Explicou-me. - Não qualquer uma e muito menos todas.

- Faço ideia.

- O teu pai sabia de vocês? Tu e o Nano.

- Apanhou-nos juntos, daí o que foste ao jantar no primeiro dia. Não me quer com ele. - Acabei por lhe admitir.

- Só tu é que queres.

- Já não. - Ripostei, virando-me para ele. - Não sabia que eras tão inseguro.

- Não sou. Mas sou possessivo, por mais que esteja a aprender a controlar isso. - Deslizei os meus dedos pelo rosto dele. - Portanto, peço-te desculpa pelo que pode acontecer.

- É bom que aprendas rápido, porque não vou lidar com possessão e controlo, Ander. Mesmo que goste de ti...

- Progressos?

Revirei os olhos, juntando os nossos lábios.

Ao fim de longos minutos aconchegados um no outro, o Ander acabou por sair pelo jardim.

Tomei finalmente o meu banho, vesti uma roupa fresca, visto que estava imenso calor. Na cozinha, tanto o meu pai como a noiva falavam com o Ander. O assunto era o baile.

E rapidamente se tornou a viagem de finalistas, assunto puxado pelo rapaz. Como não queria ir onde o colégio planeava.

Depois, falou da ideia da Lucrécia.

- Bom dia! - Exclamei, como se não tivesse há uns bons minutos a ouvir a conversa. - Minhas ricas férias de verão.

Comentei, sendo a melhor altura do ano.

- O Ander estava a falar-nos da viagem com os vossos amigos ás Maldivas.

- E o que é que tens a dizer sobre isso?

- Queres ir? - Encolhi os ombros. - Se só fores com os teus amigos do colégio, eu deixo. - Mais uma vez, sabia a quem se referia.

- Relaxa, ele tem mais que fazer. - Retorqui, preparando uma tigela com leite e cereais. - Só vão os da nossa turma. E pelo que percebi, não vão todos. - Completei.

- Sim, acho que somos oito.

A mãe do Ander aceitou facilmente.

- Fica de olho nela, Ander.

Revirei os olhos ao meu pai, forçando-lhe um sorriso também. Sentei-me a comer e a ouvir o meu pai a falar com Ander.

Para ter cuidado comigo, já que era mais velho e já tinha viajado antes.

Ao contrário de mim.

Divertido com a situação, o Ander garantiu que ia olhar por mim, como nos velhos tempos. Até que o meu pai pediu mais pormenores sobre as datas da viagem e a estadia.

Claro que confiou no Ander, deixando-me então ir viajar para uma ilha paradisíaca. Após terminar os cereais, voltei ao quarto.

Peguei no meu telemóvel, confirmando que ia á viagem no grupo que tínhamos.

Até receber uma segunda do Ander.

ander

O teu pai nem imagina a forma como vou cuidar de ti. 😌

(...)

The last one

Eu sei que podia explorar muito mais, mas a minha imaginação e escrita está instável e não quero estragar estes 20 capítulos feitos quase todos no mesmo dia 😌

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⏰ Última atualização: Feb 22, 2021 ⏰

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