- Lana Lopes -
Andei por meio da multidão, com a respiração acelerada e as mãos suando. Ele estava aqui e tinha me seguido mesmo depois de tanto eu fugir.
O idiota estava me seguindo e me observando por todo esse tempo.
Abri a porta do banheiro e me escondi em um dos boxs o trancando logo após entrar. Pedindo a todas as divindades existentes que ele sumisse da face da terra. Ele me seguiu e seus passos estavam próximos.
– Lana, não fuja. Eu só queria pedir desculpas. – a sua voz rouca ecoou pelo banheiro. – Ah... puta.
Os sons dos seus passos pareciam estar se aproximando.
– Coloquei outra vadia metida a modelo no seu lugar. Só estava esperando que tivéssemos mais uma noite antes de eu partir para Paris.
A porta do banheiro se abriu e vozes femininas começaram a gritar e mandar ele sair do banheiro.
Peguei meu celular tentando ver se a pessoa que chamei a vinte minutos atrás estava chegando. Eu não podia sair do banheiro desacompanhada, ele acabaria me matando.
As lágrimas caíam pelo meu rosto e eu não conseguia parar de soluçar.
– Lana? – perguntou a voz conhecida.
Abri a porta do box do banheiro e ouvi seus passos se aproximando. Desviei os olhos do seu olhar preocupado ao me analisar. Meu vestido estava rasgado e meu pulso tinha alguns hematomas pelos apertos de mais cedo quando tentei correr.
– O que aconteceu? – ele perguntou me fazendo soluçar mais. – Vem aqui.
Ele se aproximou de mim, colocou um dos braços em minhas costas enquanto me colocava no colo. Posicionei meus braços ao redor do seu pescoço enquanto chorava.
– Me tira daqui. – gaguejei ainda chorando
Abracei ele mais forte enquanto minha respiração se normalizava. Ele veio, ele foi mesmo me buscar.
– Lana, preciso que você me conte o que aconteceu.
– Thiago. – falei com a voz baixa enquanto me aninhava mais ainda nos seu braços.
–Tudo bem, não precisa me contar agora. Você precisa tomar banho e tirar essas roupas.
– Onde a gente tá? – perguntei ainda de olhos fechados.
– Te trouxe aqui para casa e você está na minha cama. Vou ver se arranjo uma camisa ou algo do tipo para você vestir.
Quando ele fez menção de se levantar, puxei sua camisa o fazendo voltar ao lugar.
– Eu já volto. – ele diz fazendo carinho na minha mão que segurava com força sua camisa.
– Promete?
– Prometo.
Depois que o soltei, ele se levantou foi até uma das portas do guarda-roupa pegando uma camisa dele, abriu outra porta do guarda-ropa e pegou uma toalha vindo em minha direção logo após.
– Minhas roupas não vão dar em você mas acho que essa camisa deve servir. – Thiago estava preocupado comigo e estava estampado na cara dele.
Me sentei na cama e me levantei pegando a camisa que eles estendeu.
– Vem. – disse segurando minha mão e levando até a porta do banheiro do seu quarto. – Você consegue?
– Eu...
Ele respirou fundo e olhou para os lados meio que sem saber o que fazer.
– Lana...
– Por favor não me deixa sozinha.
Thiago me olhou por alguns segundos e depois pareceu soltar o ar que estava segurando. De olhos fechados ele abriu o box do banheiro e me colocou lá dentro entrando junto comigo.
– Lana, você tira a... – ele riu de nervoso. – Você entendeu.
Soltei uma risada o que fez Thiago quase abrir os olhos. Era a primeira vez que eu tinha esboçado uma emoção feliz dês do que aconteceu na boate. Tirei a calcinha e a joguei na pia junto com o vestido e o sutiã ambos rasgados.
– Terminei. – falei baixo.
– Certo...
Senti a água fria do chuveiro bater nas minhas costas o que fez eu me aproximar mais dele tentando fugir.
– Shhh... calma.
Ele me abraçou e foi um pouco para frente em direção do chuveiro onde a água não estava mais tão fria.
Thiago acabou se molhando no processo.
Por alguns minutos ele me falava onde estavam as coisas e até me ajudou a lavar o cabelo que estava uma bagunça. Quando saímos do boxe eu estava mais calma.
Me vesti com a camisa dele e esperei ele sentada na cama com a toalha no meu cabelo enquanto ele trocava as próprias roupas molhadas.– Lana. – ele me chamou o que me fez tirar a atenção dos meus próprios pés. – Comprei a um tempo mas não deu em mim, talvez dê em você.
Ele jogou em mim uma bolsa que tinha uma cueca boxer dentro.
– Sério? – perguntei com a voz meio rouca por conta do choro.
– Nem me fale... – ele disse e se virou de costas esperando eu vestir.
Vesti a cueca boxer que até que serviu bem.
– Obrigada, Thi. – falei me levantando e abraçando ele pelas costas.
– Não precisa agradecer.
– Eu não te emprestaria uma calcinha minha. – disse com a voz abafada por estar com o rosto em suas costas.
– Tenho certeza que eu ficaria um gostoso. – ele disse rindo e colocou as mãos sobre as minhas fazendo carinho com os polegares. – Quer ir dormir?
– Quero.
Ele se virou para mim e me empurrou um pouco até que eu estivesse deitada. Quando ele apagou as luzes e fez menção de sair do quarto eu me sentei na cama.
– Dorme comigo?
Ouvi Thiago suspirar e depois o colchão afundou um pouco quando ele deitou do meu lado.
– Preciso aprender a te dizer não. – ele sussurrou.
– Eu sei que você não quer aprender.
Me aconcheguei em seus braços e ele me abraçou. Talvez eu pudesse pensar no que fazer em outro momento e aproveitar mais a sensação de segurança que era estar ali com Thiago.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Love and Anarchy, Thiago Elias
FanfictionOnde Calango conhece uma garota que faz ele perder o fôlego ou Onde Lana é apresentada a um amigo de Bagi que a faz rir - Iniciada: 16/11/20 - Finalizada: ??/??/?? • Algumas mudanças de local. • Possui algumas cenas explícitas então já sabe. • Ouv...