Capítulo 3

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O garoto do meu sonho me olhava, não podia mais ver a dor e a loucura em seus olhos mais poderia o reconhecer em qualquer lugar.

Ele levantou o olhar e pude ver uma aura meio sombria ao redor dele, enquanto ele caminhava para o balcão eu conseguia sentir a aura da loucura do poço de lazaro ainda o circulando a aura estava um pouco mais fraca mais ainda estava bem presente.

-Boa tarde, eu gostaria de três expressos e dois americanos gelados, todos para levar por favor.

Ele falou com uma voz grave e baixa.

-Boa tarde, se o senhor puder esperar um pouco, já estarei entregando suas bebidas.

Falei no automático, uma vez que ainda não estava muito acostumado com a nova aura ao meu redor acabei demorando um pouco mais do que o normal para preparar as bebidas, quando eu terminei de preparar às bebidas percebi que ele estava me olhando a um tempo.

-O total das bebidas e de sete dólares, o senhor deseja mais alguma coisa?

Perguntei evitando olhar nos olhos dele.

-Nós nos conhecemos?

Ele perguntou pegando os pedidos.

-Creio que não. Falei um pouco nervoso.

-Acho que nós conhecemos de algum lugar sim. Ele falou colocando as notas em cima do balcão.

-Eu com certeza me lembraria de você se já tivesse te visto antes.

Falei tentando evitar o assunto principal. Vi o rosto dele ficar levemente rosado e sua curiosidade sumir.

Ele limpou a garganta um pouco envergonhado.

-Muito obrigado pelos cafés. Ele falou envergonhado e saiu um pouco sem graça.

O resto do dia foi tranquilo, um pouco antes de fechar o café senti uma presença familiar em uma das mesas do fundo, tranquei a porta e arrumei o balcão antes da figura decidir falar algo.

-Sei que os sonhos têm ficado mais constantes e cada vez pior, mais queiro que saiba que logo logo tudo isso vai acabar.

Meu pai falou ainda sentado na mesa com sua longa capa preta ao seu redor em um abraço simples.

- Sei que não tem muito que você possa fazer, afinal muitos deuses ainda estão receosos com o meu "nascimento" e sobre como tudo isso pode influenciar a vida não só dos semideuses mais dos deuses também.

Falei me sentado na frente dele.

-Eu estava com saudade. Falei sorrindo.

-Eu também estava, se eu não tivesse tanto trabalho recentemente poderia ter estado mais presente, peço desculpas pela minha ausência. Ele falou com um pequeno suspiro de descontentamento.

-Sei que as coisas andam um pouco agitadas no Olimpo todos entendemos o porquê.

Falei me lembrando que muitos deuses andavam escolhendo lugares com vigilantes/heróis para que seus filhos pudessem morar, e graças a isso várias reuniões eram marcadas para organizar questões do tipo: Quantos anos de treinamento vão ser precisos para que as crianças (meios sangues) e seus parentes mortais possam ir viver em "paz" nas cidades vigiadas? Como as crianças vão fazer com seus treinamentos e aprendizagem para batalha? Como será feita a notificação aos campistas e deuses em caso de ataques?

-Sei que apesar de toda essa bagunça por agora vai valer a pena. Meu pai falou me olhando

-Não sei se isso vai incentivar os deuses a visitarem mais vezes suas famílias mortais ou a fazer mais filhos semideuses.

Falei rindo, meu pai me olhou com divertimento aparente.

-Às vezes é difícil até para mim prever o que se passa nessa sua cabeça.

-Se você quer um conselho eu tenho um muito bom, não tente, nada de bom sai daqui. Falei ainda rindo.

-Vou fazer um café, o senhor vai querer algo, hoje pode ser por conta da casa.

Falei já me encaminhando para a máquina de café.

-Um chá de romã seria perfeito, ainda mais se for preparado por você.

-Não sei qual é sua coisa com as romãs, primeiro com Perséfone, depois com o Nico e agora comigo.

-Não sei do que você está falando, por falar em Perséfone ela também sente saudades de você e seu irmão.

-Assim que eu puder vou lhe fazer uma visita. Falei terminando o chá e colocando em frente ao meu pai, peguei meu café e voltei a me sentar em frente a ele.

-Não demore, ela ultimamente tem reclamado tanto que sente saudades que até mesmo os servos estão cansados.

-Não faz tanto tempo assim. Falei com as bochechas rosadas.

-Você conhece ela. Ela falou tomando o chá

Ficamos conversando por mais um tempo e quase uma hora depois, eu estava no caminho de casa, com a sensação de que alguém estava me vigiando ao longe.


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Capitulo curtinho eu sei e peço perdão mais não estou tendo muito tempo ultimamente, assim que eu conseguir estarei postando mais. Desculpe o sumiço logo logo voltarei com muito mais da história.
Estão gostando, alguma sugestão? Duvida?

Até a próxima >.< ^^ 

Filho de Hades em GothamOnde histórias criam vida. Descubra agora