𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞 𝐌𝐚𝐝𝐚𝐫𝐚 𝐔𝐜𝐡𝐢𝐡𝐚.
[...]
Pov's S/n.
Dou uma última olhada em frente ao espelho para garantir que estava tudo em seu devido lugar, desde meu longo vestido de seda preto até meu cabelo, que estava preso em um rabo de cavalo alto.
Caminho suavemente até minha penteadeira e borrifo mais um pouco de perfume sobre meu colo.
Pego minha pequena e delicada bolsa de mão, e saio do quarto indo indo em direção às escadas.
O aguardava na sala enquanto bebia uma taça do meu vinho favorito.
Madara estava atrasado, como sempre. Reviro os olhos e bufo irritada.
Éramos sócios e melhores amigos, arriscaria até a dizer que ele era como família para mim.
Hoje uma das empresas que tínhamos parceria daria seu grandioso e tradicional baile anual, para o qual já estávamos atrasados.
Tamborilava meus dedos na taça de cristal tentando diminuir a impaciência que crescia dentro de mim.
- Está atrasado. - digo ríspida quando vejo o moreno abrir a enorme porta principal e caminhar em minha direção.
- Me desculpe, tive um pequeno imprevisto. - sorri brevemente - Ainda me pergunto como consegue ficar cada vez mais linda, esse vestido ficou perfeito em você. - me olha com intensidade - Vamos? - estende o braço para mim.
- Obrigada, você também está lindo. - entrelaço meu braço ao seu e saímos rumo ao hotel em que a festa aconteceria.
[...]
Assim que adentramos no enorme salão pude sentir os olhares queimarem sobre nós dois.
Aos olhos da sociedade empresarial, eu e Madara éramos vistos como um casal perfeito.
O que não passava de um grande equívoco, éramos apenas bons amigos e grandes gênios do ramo. Ao menos eu via apenas dessa forma, nunca parei muito para pensar nessas possibilidades e o porque de as pessoas nos verem como um casal.
- Vejo que terei problemas essa noite, - o ouço sussurrar próximo ao meu ouvido, causando-me um leve arrepio na região desnuda do meu pescoço - os homens estão hipnotizados com você. Observe, eles mal piscam ao te olhar.
Olho ao nosso redor e constato que o Uchiha tinha razão, os homens me encaravam sem o mínimo de discrição. Vejo também que Madara lança, vez ou outra, um olhar ameaçador para alguns.
Acho graça de sua atitude e não consigo segurar minha risada.
- Do que está rindo? - indaga enquanto nos sentamos na mesa que nos estava reservada.
- Você está com ciúmes!
Madara arregala levemente os olhos e desvia seu olhar do meu.
- Não estou.
- Está sim, admita. - continuo rindo da sua tentativa falha de disfarçar.
- Não.
- Sim!
- Não! - diz entre dentes e cruza os braços com o semblante irritado - Não há porque eu sentir ciúmes de você, não temos nada!
- Hmm... - murmuro enquanto pego uma taça de vinho e levo até meus lábios - Então você não vai se importar se eu for até Tobirama, para cumprimentá-lo, certo?
