MEU DEUS O QUE É O SASUKE EM SASUKE RETSUDEN HEIN, AI PAPAIII
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Pov's Sasuke.
S/n dormia serenamente, e eu a observava do canto do quarto, escondido parcialmente na penumbra.
Passei anos perdido em meio às sombras, e agora não é diferente. Sinto que apenas S/n pode me resgatar dessa escuridão.
É muito egoísta que eu deseje isso. Desejar que depois de tudo ela ainda fique ao meu lado, entretanto, nunca fui conhecido por ser alguém altruísta.
Suspiro frustrado e cansado.
Não consigo pensar em um motivo plausível para me reaproximar de S/n, eu nem ao menos sei como me expressar sem machucá-la.
S/n parece ser a cura para as minhas feridas, mas, mais importante que isso, ela é a única pessoa que eu amo nesse mundo.
Me dei conta disso tarde demais, mas desistir não é uma opção tratando-se de S/n. Mesmo que seja difícil, até mesmo impossível, mas eu vou reaver o seu amor e seu coração de novo.
Amar S/n é o que mais desejo, pelo resto dos meus dias.
Saio de meus pensamentos quando noto S/n acordando aos poucos.
S/n me encara confusa e assustada enquanto vasculha meu quarto apressadamente com os olhos.
- Onde estamos? - pergunta arisca.
- Na minha casa, no meu quarto. - suspiro enquanto a observo minuciosamente.
Seus cabelos levemente desgrenhados a deixavam estranhamente adorável, as bochechas coradas lhe davam um ar angelical, mas ainda assim ela parecia a S/n forte e durona de sempre.
Ela realmente era linda, de tirar o fôlego, como eu nunca havia me dado conta disso antes?
- Você... - S/n me olha e levanta o lençol verificando suas roupas.
- Fico ofendido que cogite essa ideia, S/n. - respondo em tom de desaprovação.
- Me desculpe. - desvia o olhar brevemente constrangida.
Saio da penumbra do quarto e me aproximo de S/n.
- Não havia qualquer possibilidade de eu deixar você desmaiada na floresta, e tampouco sei onde fica a sua casa, então a trouxe para cá. - dou de ombros.
S/n me encara novamente e então me pego preso ali. Nossos olhos se parecem com imãs que se atraem involuntariamente.
Me sinto totalmente atraído por ela. Por qualquer gesto ou atitude dela. Tudo em S/n me atrai, de forma tão intensa que penso que posso enlouquecer a qualquer instante.
- Sasuke. - murmura enquanto me aproximo.
- S/n. - sopro totalmente envolvido com a visão dela em minha cama.
Sento e coloco um fim na distância entre nós.
- De perto você consegue ser ainda mais linda. - digo sem quebrar o contato visual por um minuto sequer.
Sinto o meu coração palpitar a medida que aproximo meu rosto do seu, S/n entre abre os lábios e fecha os olhos, e então me sinto completamente arrebatado por ela.
- E-eu.. eu.. eu e Itachi estamos juntos. - S/n diz abruptamente, me deixando totalmente estarrecido.
Por um segundo tudo ao meu redor para e sinto uma pontada horrível atingir o meu peito em cheio.
S/n, com Itachi?
S/n com outro homem... que não seja eu?
Não, isso não é possível.
Eu não posso admitir isso. S/n é minha, sempre foi desde quando éramos crianças.
Nenhum outro pode tê-la uma vez que ela pertence a mim.
E S/n sabe disso.
Levanto tão rápido quanto sentei e dou voltas no quarto tentando apartar o ódio que crescia dentro de mim.
- S/n... eu voltei por você... como... como pôde? - sussurro magoado e me sentindo enganado.
- Quem me pediu para que eu o esquecesse foi você Sasuke, por que se sentir enganado quando eu apenas o fiz?
As palavras de S/n eram como shurikens atravessando meu peito. E o pior disso, era que as suas palavras eram a mais pura verdade.
- Eu fiz o que fiz para te proteger S/n, proteger você de mim, do que eu poderia vir a me tornar por causa do ódio que carregava. - desabafo. - Eu não poderia levar você comigo, ou ficar aqui do seu lado, não enquanto eu não tivesse me resolvido com meu passado S/n. Você era a minha fraqueza, e eu não podia ter uma enquanto lutava, porque... - me aproximo de S/n e deposito minha mão sobre seu rosto. - Se você estivesse em perigo eu largaria tudo para te proteger, e então eu nunca teria a minha vingança.
Fecho os olhos e suspiro pesadamente, lamentando pelos anos que perdemos juntos por causa da minha busca incessante por vingança.
- S/n... - acaricio seu rosto. - Eu sei que errei, e quero que me perdoe por isso.
- Sasuke-
- Shhh. - coloco meu indicador sobre seus lábios e penso que não tenha sido uma boa ideia, uma vez que me sinto seduzido por esse simples gesto. - Ainda há tempo para eu me redimir, e eu realmente desejo isso S/n, do fundo do meu coração, - a encaro intensamente. - porque eu te amo.
S/n fica surpresa e entreabre os lábios perplexa.
- Você pode estar com Itachi, ou com quem quer que seja, mas eu, Sasuke Uchiha, não vou desistir de você S/n, nunca. - deposito um beijo cálido em sua testa. - Não agora que eu enfim tenho uma chance de ser feliz, e eu quero fazer diferente dessa vez, quero ser feliz com você S/n.
A encaro emocionado depois de me declarar, e a esperança que eu precisava para continuar surge quando observo que nos olhos de S/n ainda há aquele calor que havia a anos atrás.
Ali estava, o seu amor por mim ainda estava ali, intacto e puro, a espera de que eu o cultive como deveria ter feito anos antes.
- Sempre foi você S/n. A única que eu queria proteger, a única razão para que eu seguisse vivo, e talvez um dia eu pudesse voltar à Vila, porque eu desejava voltar para você.
As lágrimas já rolavam pelo meu rosto sem que eu sequer as notasse, assim como pelo rosto de S/n também, que prontamente sequei tão rápido quanto elas vieram.
- Sasuke eu nem sei o que dizer, são muitos sentimentos para processar, eu... eu preciso de um tempo. - S/n quebra nosso contato visual e se afasta levantando da cama.
Eu sei o que tenho que dizer agora, não é o que eu gostaria, mas se eu realmente quero reaver o coração dessa mulher, tenho que ser paciente.
- Não quero te pressionar S/n, acredite quando digo que dessa vez quero fazer tudo diferente, tudo da maneira correta. E eu vou respeitar você e o seu tempo.
Sabe quando seu coração quer dizer uma coisa e o cérebro outra? Definitivamente é o que está acontecendo agora.
- Obrigada Sasuke, por me respeitar e por não me deixar na floresta, e-eu tenho que ir. - S/n faz uma saudação breve e segue porta a fora.
Ela vai embora e eu fico na mesma posição me sentindo parcialmente derrotado, mas no fundo sinto aquela esperança que o olhar de S/n me deu, e isso me conforta por hora.
