Tiroteio em Bigua City

2 0 0
                                    

Draco se dirige até o hotel indicado por Mike, quem sabe o porteiro pode lhe ajudar a identificar o tal Marcus.

Um homem de bigode fino e roupa bem passada está atrás do balcão separando papéis quando o xerife bate sobre o balcão.

O homem nem levanta o olhar.

- cinco dólares à noite, sem jantar. Com jantar, são sete dólares.

- Obrigado! Com jantar por favor e tem quarto com banho?

Então o homem levantou o olhar e observou bem o homem à sua frente.

Olhos matreiros e sobrancelhas finas iguais o bigode observaram o xerife que não queria se identificar como xerife.

- Deixe seu nome no caderno e suba as escadas. Quarto 6. Terceira porta a direita, junto a janela. - o homem lhe passou um molho de chaves.

- Ahh, só para mim saber. Tenho um amigo que está para chegar, na verdade, não sei se já chegou antes de mim. Marcus... Marcus...

- Seu amigo?!- o homem olhou desconfiado, espremendo os pequenos olhos sorrateiramente. - Sei, e não sabe o sobrenome do camarada?!

- Na verdade nós dois trabalhamos em uma mina e conversávamos pouco, ele disse que viria para esta cidade. Isso foi antes de ontem. Quem sabe ele pode ter ido em outro hotel, então é melhor eu também ir procurar em outro hotel. - fez menção de entregar a chave.

O homem de bigode fino, gesticulou com as mãos, nervoso por perder um cliente.

- Não! Calma! Espere, que é isso. Podemos ver se tem algum Marcus aqui. Deixe-me ver. - ele folheou as páginas do caderno, para frente e para trás e então voltou para onde estava anteriormente. - Sim, aqui! Marcus Lucius. Quarto três. Óhh que coincidência, é o quarto em frente ao seu. Só que no momento ele não está no quarto. - ele virou-se e no local onde ficavam penduradas as chaves ele apontou o local da chave do quarto número 03.

- Não tem problema! Pode me fazer mais um favor? - Draco se aproximou do balcão e falou bem de perto do ouvido do homem de avental.

- Diga senhor! Pode dizer!

- Quero fazer uma surpresa para ele! Não diga que eu o procurei.

- Sim, claro sr...- ele olhou o nome no caderno. - Smith.

- Vou subir e tomar um bom banho. Depois desço para jantar.

- É servido entre as oito e dez da noite.

- Certo!

Draco desceu para Jantar, e se posicionou em um canto do restaurante do hotel, de onde tinha uma visão ampla do local, tentando visualizar o homem chamado Marcus. Não tinha como reconhece-lo uma vez que nunca o encontrara, mas confiava em sua intuição. No entanto o homem não apareceu durante o jantar e estava com medo que já tivesse abandonado o hotel. Então se dirigiu até o balcão para falar com o homenzinho de avental.

- O senhor Marcus, ele saiu do hotel?

- Não senhor! Só que ainda não chegou. Quer deixar algum recado?

- Não precisa! Obrigado! Vou descansar em meu quarto.

Ele subiu as escadas. Vira as chaves do quarto penduradas. O porteiro não estava mentindo.

- Olhem só! Não façam barulho! - avisa o homem de avental e bigode fino para os dois homens à sua frente.

- Usaremos as facas! Não fazem barulho! - um homem desdentado e com ralos cabelos fala.

Os dois homens sobem as escadas do hotel pisando devagar e em silêncio, em direção ao quarto onde está o xerife.

- Abra a porta com cuidado! - balbucia o colega do homem careca enquanto pega uma faca na mão e coloca a outra mão no coldre.

O Homem de CoronadoOnde histórias criam vida. Descubra agora