O entreposto

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Ao chegar na cidade no meio da noite, os homens que tinham ido caçar o puma são surpreendidos com o alvoroço na cidade. Muitos lampiões estão acessos e nas mãos de várias pessoas que se aglomeram na frente da delegacia.

O Xerife sente um estremecimento no peito.

Rapidamente ele amarra o seu cavalo e tente ouvir os moradores.

- Falei que alguma coisa não estava certa! - ele aponta para o ferreiro e o prefeito!-

- Calma pessoal! Um de cada vez! - grita o prefeito tentando entender o que está acontecendo.

- Assalto!

- Mataram Brody!

- Levaram todo o pagamento!

- Fizeram um tiroteio!

- Assaltantes malditos!

- Levaram Dolores!

Então Jerry Draco, sente algo, uma espécie de tontura. Ele ouviu direito?

Puxa a mulher que falou aquilo para longe do tumulto.

- O que você disse?

- Calma xerife! Eu não tenho culpa! Ela tinha acabado de sair do mercado e um dos malditos a pegou rapidamente a carregou no cavalo dele. Ela tentou se defender, mas o bandido foi mais rápido.

As entranhas do xerife parecem se revoltar em seu corpo. Parece que uma adaga lhe foi enfiada na barriga. Ele se dobra.

- Nâo! Nâo!

A mulher se solta de Jerry e se afasta assustada com o estado que o homem ficou ao saber a noticia.

O xerife se escora no alpendre da Delegacia.

Ainda sente a tontura lhe bloquear a visão.

Mas os gritos da população o acordam e ele sabe que precisa fazer algo.

- Senhores! Por favor, peço que vão para suas casas. Nós vamos conversar e tomar a melhor atitude. A morte de Brody não ficará sem punição. Eu lhes dou a minha palavra! - ele agora estava com o olhar e o coração que pensou nunca mais usar. Um a um os moradores olharam para a face do homem que tentava ser forte e os animar. Sabiam a dor que ele estava sentindo. Alguns sabiam do seu passado.

- Pensei que a região estivesse livre desses fora da lei, mas hoje pudemos comprovar o contrário. - Draco fala com a voz embargada de emoção, após lhe contarem resumidamente o que aconteceu em sua ausência. Ele pega um copo e se serve de uisque que tem na escrivaninha.

- Os tempos duros ainda não terminaram xerife. Por isso precisamos de homens como você. - O prefeito lhe consola batendo nas costas.

- Eles mataram duas pessoas e eu não posso ficar impassível, ainda mais enquanto minha filha está nas mãos daqueles desgraçados! - ele range os dentes ao falar. O copo de uísque quebra em sua mão. Seu maxilar e o nariz contraído na inspiração não deixavam dúvidas sobre o que aquele homem estava sentindo naquele momento. Ele se controla para não soltar sua ira nas pessoas próximas. Caminha de cabeça baixa de uma lado para outro na delegacia. -

- Desculpe Xerife! Eu não sabia! Estava cochilando na cela vazia! - pediu desculpas um rapaz magro e de barba rala que era ajudante do xerife, se aproximando com o chapéu nas mãos e cabeça baixa.

- Não foi sua culpa Willie! O que iria fazer? Enfrentar aqueles bandidos sozinho? - o jovem ajudante balançou a cabeça, concordando.

A reunião tinha lugar na delegacia da cidade.

O Homem de CoronadoOnde histórias criam vida. Descubra agora