Capítulo 6

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A garota da foto é a Natália, pra vocês conhecerem

NICOLLY NARRANDO:

Uma semana se passou e minhas férias  já acabaram. Natalia ainda não voltou  de viagem, ela e o Murilo estão na casa da avó. Acordo com meu despertador   tocando as 6:30. Faço minha higiene e me troco. Visto uma  calça colada verde limão, uma regata azul escura, uma jaqueta jeans e uma bota preta de couro. Arrumo meu cabelo num rabo de cavalo e passo meu perfume  Glamuor Black , e um gloss. Pego meu IPhone, minha mochila e vou até a casa do Matheus.

Abro a porta e vou até o quarto, onde ele está colocando a calça.

- Bom dia Margarida, acordou tarde né? - digo e beijo seu rosto.

- Nem me fale, minha cama tava tão quentinha, milagre você acordar primeiro, caiu da cama?

- Haha, não. Primeiro dia de aula é muita alegria, fico anciosa e acordo de boa, agora o resto do ano...

- Nem no primeiro dia de aula eu consigo ficar animado.

Ele termina de se arrumar e vamos até o ponto de ônibus, a faculdade é um pouco longe.

- Ai que frio - digo abraçando ele, e nessa hora ele me entrega a jaqueta super fofa dele... SÓ - QUE - NÃO. Ele começa a rir  e esnoba a jaqueta,

- Seu sapo - digo. Por sorte o ônibus chega rápido e Matheus corre para pegar lugar no ônibus lotado. Olho pra ele furiosa e sento no colo dele.

- Pode sair, folgada.

- Não estou afim.

Coloco os fones e ligo uma playlist da Ellie Goulding. Chegamos na faculdade, 30 minutos depois .

- Vou pra minha sala advogada.

- Vou pra minha veterinário.

Nos abraçamos e vai cada um pra um lado. Fico perdida e esbarro em alguém que me faz cair no chão .

- Ai garoto , não olha pra onde anda não?

- Humor matinal - ele está de cabeça baixa e pega na minha mão pra tentar me levantar - Nossa bonequinha de porcelana, você está congelando.

Quando ele me olha ...

- Você ta me seguindo garoto?

- Eu? Você que está e por sua culpa acho que não posso ter filhos depois do chute.

Caíque me olha surpreso quando dou um selinho nele e começo a dar risada. Pego a jaqueta de couro que está na mão dele e saio correndo. Entro na minha sala e ele também.

- Sua peste, você me paga.

- Faça me rir.

Quando ele está prestes a voar no meu pescoço a professora entra na sala.

Sento na penúltima  carteira da primeira fileira e ele senta na última da segunda , fica me fuzilando com o olhar o que me faz rir. Visto sua jaqueta e faço um coração pra ele. As aulas passam rápido, gostei muito daqui. Quando termina todas as aulas, saio correndo, porque ainda estou com frio e não quero entregar essa jaqueta quentinha. Encontro Matt na padaria que têm na frente da faculdade.

- Oi vida. - falamos ao mesmo tempo e rimos.

- De quem é essa jaqueta?

- Um príncipe me emprestou.

- Sério?

- Lógico que não, eu roubei do Caíque. - digo sentando ao seu lado

- Caíque?

- Sim, ele estuda aí e é da minha sala .

- Que tenso.

- Pois é.

Peço um suco de laranja e uma coxinha , eu amo tanto coxinha. Depois que terminamos, pego um ônibus até a contabilidade em que trabalho e Matt pega outro ônibus para ir até a veterinária em que trabalha como estagiário.

CAÍQUE NARRANDO :

Que menina abusada, amanhã ela vai ver só. To morrendo de frio .

Quando chego no escritório que eu trabalho, vejo Felipe que me fuzila com o olhar. Irmão ciumento ninguém merece, ainda mais quando é ciúmes de uma louca varrida. Depois de um dia cansativo de trabalho, chego em casa e vejo minha mãe sentada no sofá com uma aparência muito abatida.

- Filho, precisamos conversar.

- Fala mãe.

- Você sabe que eu tenho problemas no coração, e que esse apartamento é pago com o pouco dinheiro que seu pai deixou, poque seu salário é o suficiente pra pagar as contas, a faculdade, por comida na mesa e comprar nossas coisinhas. Mas é somente para isso. Acontece , que o dinheiro que teu pai deixou, acabou. E eu estou precisando de tratamentos um pouco caros por causa do problema que tenho, então... Vou precisar ir para a Bahia morar um tempo com minhas irmãs e você precisa alugar um apartamento mais baratinho sei lá, um colega da faculdade e...

- Você não pode me deixar sozinho mãe - digo.

- Eu preciso meu amor,é necessário.

-Vai então, me deixa assim como ele nos deixou, assim como meu pai nos deixou.

Saio da sala e entro no meu quarto batendo a porta, jogo minha roupa no chão e estranhamente, a última coisa que me lembro antes de dormir, é da peste da Nicolly.

Teus PassosOnde histórias criam vida. Descubra agora