Capítulo 24

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NICOLLY NARRANDO:

- Caíque, já pegou tudo? - pergunto andando pelo apartamento com a Vitória no colo.

- Eu acho que sim,né? -olho para ele e o mesmo está cheio de malas nos braços.

- Nossa...

- Certeza que precisamos de tudo isso?

- Por que todos me perguntam isso? - olho para ele.- É claro que preciso.Ou quer ficar sem roupa por aí?

- Na sua presença...quem sabe? -ele diz com um olhar malicioso.

- Aquele beijo no seu quarto não significou nada, certo? - falo colocando a chupeta de Vitória na boca dela.

- Meus sentimentos... - ele fala saindo do apartamento e vou atrás.

- Espera... - faço uma pausa para pensar.- Você estava bêbado ...
- Eu esqueci... de dizer que... eu estava bêbado, mas, eu...não tinha bebido. - diz com um olhar malicioso.

-Você é um idiota. - falo apoiada no carro, com o óculos de sol no alto da cabeça e balançando-a negativamente.

- Então, que horas eles vão chegar? - ele pergunta fugindo do assunto.

- Mais tarde nós conversamos- falo e ele sorri .- Eles já chegaram.- aponto para o carro de Felipe onde eles estão.

- Já está tudo combinado, não é? Você e Vitória vão comigo.- ele diz e concordo.

Entro no carro, coloco Vitória na cadeirinha e pego meu celular, aparece uma mensagem de Natalia.

- Você e Caíque, sozinhos no mesmo carro, hmm.

Apenas ignoro e bloqueio meu celular. Caíque entra logo depois e saímos com Felipe logo atrás, nos seguindo.

- Quatro horas sozinhos em um carro.- Caíque diz e arregalo os olhos.

- QUATRO HORAS?!

- Quatro horas- ele confirma.- Vitória dormiu, farol fechado...

- Não vou te beijar.- o interrompo .

- Eu não disse nada.

- Besta.

Ligo o rádio e começo a cantar .

- Parece dois gatos brigando por uma sardinha. - ele diz .

- Cala a boca.- falo e continuo cantando.

- É só você fazer assim- Caíque estrala os dedos.- Que eu volto.

- Depois eu que canto mau.

- Cantamos mau então, os dois. - Caíque sussurra e morde meu ombro.

- Para de me morder. - reclamo.

- Não paro não. - ele morde meu pescoço.

- Vou te morder também, quero ver se você vai gostar.

- Isso, morde mesmo.- Caíque diz e me rouba um beijo.

- Isso, morde mesmo.- Caíque diz e me rouba um beijo.

- Infelizmente.

Faço um coque frouxo em meus cabelos e encosto a cabeça no banco. Fecho os olhos e fico pensando em tudo que já aconteceu desde que conheci Caíque. Caíque me encanta com esse jeito dele. Jeito de menino inocente, mas na verdade de inocente não tem nada.
Caíque não tem idéia do poder que tem sobre mim. Espera. Do que estou falando? Não. Ele não pode ter poder nenhum sobre mim. Estou ficando louca.
Acabo adormecendo e as lembranças acabam voltando, lembranças que um dia já me fizeram sofrer muito, mas, agora só me fazem sorrir, e é claro, sentir uma enorme vontade de chorar.

[...]

Teus PassosOnde histórias criam vida. Descubra agora