Capítulo 12

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NICOLLY NARRANDO :

Eu preciso urgentemente de um carro. Andar de ônibus em dia de chuva, ninguém merece. Mas, piora a situação, se o ônibus decidir quebrar no meio do caminho.

Passei em algumas lojas e comprei roupas e alguns calçados. Peguei um ônibus que passa na faculdade, para entregar alguns trabalhos.

Mas, como sou muito "sortuda", começou a chover e o ônibus quebrou. Vou ter que ir a pé, até a faculdade.

Estou pulando nas poças de água e cantando Roar - Katy Perry, quando vejo uma pessoa agachada em um beco. Paro para observar e percebo que a pessoa está com um... EPA!!! Um canivete!

- Ei !!! Que que você têm na cabeça? Não faz isso não! - digo e abaixo de frente pra ele. Percebo que o garoto está chorando tanto, que chega a soluçar.

- Minha... Minha mãe . Nicolly !! Ela está morta. Minha mãe está morta.

Como esse garoto sabe meu...

- Caíque?! - levanto o rosto dele e o abraço - Como assim?

Olho para o braço dele, onde estão alguns cortes pequenos, mas que estão sangrando.

- Qual seu problema menino?! - olho pra ele incrédula e o ajudo a levantar.

- Pra onde você tá me levando? - ele pergunta enquanto chora.

- Em uma farmácia. Não está necessitando de um hospital.

Compro alguns remédios , para não inflamar o braço dele.

- Onde vamos agora? - pergunta novamente.

- Comer!

Vou até um restaurante e peço dois sucos de maracujá, um escondidinho de frango, arroz e feijão. Enquanto o pedido não chega, vou até o banheiro junto com o Caíque.

- Você pode pelo menos falar o que vai fazer? - fala e olho pra ele, parando de mexer na minha bolsa.

- Eu estou com muita fome. São 14:00 e ainda não comi nada. Então, se você colaborar e deixar eu fazer esse curativo no seu braço, meu estômago será eternamente grato. Obrigado. De nada.

Faço o curativo e voltamos á mesa, onde já estão nossos pratos.

- Por quê fez isso? - ele pergunta.

- Não sei. - respondo baixo e com sinceridade.

- Por quê fez isso? - pergunta outra vez.

- Eu já disse que não sei !! - falo em um tom mais alto.

Comemos em silêncio e depois vamos até o carro dele, que está atrás da faculdade. Sento no banco do motorista. Sim, eu sei dirigir e tenho habilitação. Só não tenho o carro.

- Folgada. Pra onde vamos? - pergunta.

- Pra minha casa.

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O quê acharam? Votem e comentem , por favor.

Bjs <3

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