CAPÍTULO IX

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*Princesa Angel Narrando:

Sou arrastada pelo reino até uma floresta, olho por cima das árvores e vejo um castelo que sem dúvidas é a masmorra.

Me nego a acreditar no meu destino..

As lágrimas parecem não acabar nunca em meus olhos.

Chego ao local sujo e escuro.

Eles me jogam em uma cela totalmente suja e fedida.

Me sento num canto e me disponho ao choro.

Não sei o que será de mim agora...

**

Tempos se passaram e nada, há dias que tem comida e outros não há nada.

Choro e lamentações é tudo o que venho sentido nesses dias. Já entendi que não há saída, se eu disser que sou a princesa irei morrer de qulquer modo, isso não fará diferença alguma.

Delírios e febres são meus companheiros todas as noites, o frio que invade esse lugar faz meu corpo pedir a morte. Todos os dias vejo corpos de presos que se matam por desespero, bom, eles já sabem o que os esperam.

Mais uma vez o sol invande um buraco da parede da minha cela, fico observando todos os dias o quão estranho é o sol. Em Romanov o sol é visto como uma coisa soberana, é como se toda vez que ele aparece nós agradecemos pela luz em nossas vidas.

Diferente desse povo, a escuridão..ela é vista como poder e glória.

Olho pro sol e acho que minhas orações e petições não ajudem em nada. Ele não me atende, ele não me ouve!!

Passo minhas mãos pelo colar que meu pai me deu antes de morrer.. é como se sentisse ele aqui comigo.

- CHEGOU O DIA TÃO ESPERADO, JÁ SINTO O CHEIRO..DE MORTE!! - ouço um dos soldados gritar e rir.

Logo vejo vários presos sendo tirados de suas celas e serem acorrentados.

Um homem vem em minha direção abrindo a cela, ele amarra minhas mãos e vejo seu rosto totalmente disconfortavel com a situação.

- O que fez? - pergunta em um mero sussurro.

- Eu..não fiz nada..- sussurro.

- Tens certeza? - ele me olha nos olhos.

- Sim! - falo convicta.

- Venha! - saio da Masmorra.

A luz reflete em meu rosto me deixando tonta, sinto minha cabeça doer com os raios solares. Olho meu vestido imundo, meus cabelos totalmente ásperos ao toca-los.

Logo andamos e vejo uma multidão de pessoas e logo a frente uma forca bem grande.

- Fique quieta..não tens direito de defesa alguma.. infelizmente..- o rapaz diz pegando em meu braço com delicadeza.

- Posso..saber seu nome..bom és a última pessoa que conversarei..- digo melancólica.

- Otto..soldado! - ele sorri discreto.

Dou um sorriso tristonho.

Observo a cena de um homem subindo até a forca. Ao contrário de Romanov a população não rir nem grita, estão todos calados, pelos costumes do reino "não se rir da morte alheia".

O que eu acho bem estranho, já que o Rei mata sem pudor algum.

A corda no pescoço do homem me dá agonias, seu olhar só transmite um sentimento: aceitação..

Eu também quero aceitar meu destino..mais meu coração se nega...

Assim, assisto várias e várias pessoas partirem para outro lugar...

Mais nenhuma delas era inocente, seus crimes são banais. Viro meu rosto ao ver uma mulher ter a cabeça arrancada pelo tal Rei.

- Como alguém consegue ser tão ruim assim..- digo fechando meus olhos.

- Não acho o soberano ruim..- o soldado Otto diz.

- Como não? Ele acabou de arrancar a cabeça de uma mulher! - falo baixo.

- Uma mulher que matou a própria filhinha de dois anos de idade.

Olho pra ele horrorizada.

Vejo a multidão gritar junto com Rei.
Sinto meu braço ser apertado. Sou a próxima!
Olho pro Otto, seu olhar é de tristeza. Dou um sorriso me despedindo.

Ando até a forca, é bem alto. A multidão me olha calada.

Um homem coloca a corda em meu pescoço. Ergo meu olhar e vejo o Rei me olhando, respiro fundo, olho bem todo seu rosto e seu corpo.
És um homem belo! Sem dúvidas!

Seus olhos param diretamente nos meus, as lágrimas caem dos meus deixando minha visão embarcada.

Ouço um barulho do homem puxando o balanco

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Ouço um barulho do homem puxando o balanco.
Fecho os olhos fortemente esperando o pior.

Aperto forte meu vestido, meu coração parece sair do meu corpo. Em uns segundos vejo minha vida inteira aos meus olhos.

Meu Pai...me lembro do quanto ele se fazia presente na minha infância, de quando ele brincava comigo, ou me fazia carinho antes de dormir.

Ao me lembrar disso junto com as lágrimas um sorriso aparece em meus lábios.

Pelo menos agora eu estarei junto dele...- penso.

Uma vontade de chorar e gritar me invade, tento né controlar mais soluços de desespero em meu choro de pura dor saem como se tivesse rasgando meu peito.

Sinto-me levantada e a corda se apertar em meu pescoço, uma ardência em meu pescoço.

O homem se prepara para levantar meu corpo.

Uma última lágrima cai em meu rosto...

Sou levantada em um impacto!!

O ar falta..minha garganta é apertada...balanço meus pés desesperada ao ar.

- SOLTAAAAA!!!!! - ouço um voz meia longe.

Em um baque forte caiu no chão de vez.

Coloco minhas mãos em meu pescoço, sinto mãos me pegando em seus braços.

Em uma visão turva..vejo ele! O motivo de todo esse sofrimento!

Ele me levanta e eu caio em total desmaio...


Capítulo meio pequeno...mais amanhã tem mais!!!

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⏰ Última atualização: Feb 02, 2021 ⏰

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O FIM DE UM REINADOOnde histórias criam vida. Descubra agora