A serpente da morte.

Capítulo 6 - Laços

N/A: Octavia's Voice: WE'RE BACK BITCHES!!!!!!

°°° Anteriormente: O retorno de Draco a mansão Malfoy não foi nada mais, nada menos, do que nosso primeiro contato com sua família, algumas histórias e segredos foram remexidos, algumas curiosidades reveladas, mas principalmente, aprendemos quem realmente é Draco Malfoy.•••

Grimmauld Place, 22 de julho de
1992.

- O que tem aqui dentro?- O menino perguntou assim que notou que se tratava de um baú em tamanho reduzido.

- Memórias.- Essa foi a única resposta que Morte lhe deu.

Harry queria gritar, não queria saber de mais memórias, não agora pelo menos, a única coisa que o rapaz queria era o café cremoso quente que só Kreacher sabia fazer.

E Harry diria que o universo o ouviu, se ele não soubesse que assim que um herdeiro nasce ou aparece pela primeira vez, a sua casa antiga "avisa" todos que ali estejam, primeiro ele ouviu os cochichos dos quadros da sala, olhavam dele pra Morte e corriam uns para os outros comentando, a segunda coisa a se ouvir foi um conhecido "pop" que indicava que o Elfo chefe da casa tinha sentido sua chegada, e Harry se virou para o arco que dividia a sala de estar do hall de entrada, Kreacher estava parado ali.

O Potter não sabia o que fazer e já esperava o início dos resmungos e ofensas por parte do Elfo, Harry varreu os olhos pela sala a procura de Morte, ele não saberia como reagir a uma atitude tão ácida vindo de uma criatura que se tornou de suma importância na sua vida, e foi nesse momento a procura dos olhos da entidade, que ele percebeu algo.

Ele entendeu a maioria dos sussurros vindo dos quadros, eram o seu nome, e bem, aquilo nem deveria ser uma surpresa para o Harry que voltava aos quase 12 anos, mas ele se lembrava bem de que quadros não o conheciam, pelo menos não até ele entrar em hogwarts e cada uma daquelas malditas pinturas decorar seu nome e lhe fazer dezenas de perguntas sem cabimento durante todo o dia, todos os dias, durante todos os anos.

E esse era o ponto, os quadros do mundo bruxo só passaram a o conhecer após o primeiro de setembro daquele ano, antes disso, o que todos da comunidade bruxa tinham sobre ele era um retrato sobre como ele possivelmente seria - e mesmo que o seu "eu passado" tivesse sido extremamente parecido, atualmente não funcionava assim - não era o suficiente para ser reconhecido por todos se a cicatriz ficasse escondida. O que nos leva a pergunta de um milhão: como os quadros da mansão sabiam quem ele era?

Por um momento Harry sentiu tudo estremecer sutilmente, ele não sabia se era a Black manor reagindo a sua magia, ou se foi um tremor pessoal, algo como um medo que se alastra e faz seu corpo tremer, no final possivelmente eram os dois.

- A casa não é uma pessoa ou sequer um bruxo, a magia do tempo funciona de maneira diferente nela, você estava ligado a ela da última vez, ela já lhe conhece, assim como tudo que é ligado a casa, elfos, proteções, alas, quadros, e até possíveis fantasmas, Grimmauld foi a única coisa que era seu direito de sangue e você de fato reivindicou, mesmo que tenha sido graças ao testamento de Sirius. Sua magia corre por essas paredes, seu nome está gravado em cada canto daqui, essas enfermarias sempre irão te proteger, sua alma é ligada a essa casa, como será a todas as outras que você reivindicou.

Então tudo clareou, claro que as outras residências e talvez até Hogwarts não lembrasse dele, afinal seria o primeiro contato dele como herdeiro, mas a mansão Black não, ela já o conhecia, eles já eram ligados e tudo ali tinha a essência de ser confortável pra ele, uma vez ele pensou que Hogwarts era seu lar, mas agora o garoto podia ver que Grimmauld era seu lar, um lar vai muito além da casa em si, vai de toda a energia que perpassa ali, as pessoas, criaturas e tudo o mais, seu lar era com Sirius, Remus, Monstro, Dobby, Neville, Luna, os gêmeos, e até Draco depois de muitos anos se incluiu de uma forma estranha, seu lar não foi Hogwarts em si, foram essas pessoas que Hogwarts lhe deu, com algumas exceções, é claro.