CAPÍTULO 10 - Enfermaria

263 30 31
                                    

ⁿᵃᵒ ˢᵉ ᵉˢᵠᵘᵉᶜ̧ᵃᵐ ᵈᵉ ᵛᵒᵗᵃʳ ᵉ ᶜᵒᵐᵉⁿᵗᵃʳ ᵒ ᵠᵘᵉ ᵃᶜʰᵃʳᵃᵐ ♡ ᵇᵒᵃ ˡᵉᶦᵗᵘʳᵃ


A ruiva abriu os olhos lentamente, tentando habituar a vista à luz forte que a rodeava. Quando os abriu completamente, encarou o teto branco. Tentou levantar-se, sentindo uma sensação de desconforto na cabeça de imediato.

"Se eu fosse a ti continuava deitada mais alguns minutinhos."

Ao ouvir aquela voz, virou o rosto para o lado, observando o rapaz sentado numa cadeira com uma revista no seu colo. Grunhiu mais uma vez.

"Por favor diz-me que não foste tu que me trouxeste até à enfermaria." Ela implorou, passando a mão esquerda pela testa.

"Ingratidão não te fica bem, princesa." o Donghyuck respondeu, virando a página da sua revista.

A Yumi esfregou os olhos, querendo acordar do que acreditava ser um sonho horrível. Queria acreditar que pesadelos eram um dos efeitos secundários de desmaiar, sendo a primeira vez que algo do tipo lhe acontecia.

De todas as pessoas que tinha à sua volta, tinha de ser esta a ficar consigo na enfermaria.

Sem outra opção, descansou mais um pouco, mas o silêncio na sala começou a incomodá-la demasiado. Após mais alguns minutos, decidiu meter-se com ele – por puro aborrecimento, claro.

"O que raios é que estás a ler?" perguntou, finalmente conseguindo sentar-se na cama desconfortável.

O Donghyuck levantou as mãos, mostrando a capa da revista. "Curiosidades sobre medicina." respondeu, encolhendo os ombros. "Sabias que apenas metade dos profissionais de saúde sabem lavar as mãos corretamente? Fascinante."

A Yumi revirou os olhos. "Onde é que está a enfermeira?"

"Ela disse algo sobre comprimidos, lanches e bebidas geladas, não prestei muita atenção." pausou. "Será que ela sabe lavar as mãos corretamente?"

"Será que tu sabes lavar as mãos?"

Ele soltou um som de indignação, levando uma mão ao peito. "Estás a assumir a minha higiene pessoal? É por ser rapaz, não é? Sua sexista."

A ruiva segurou o riso, não querendo dar-lhe a satisfação de a ter feito rir. Ele era apenas um palhacinho à procura do seu circo, não se podia esquecer disso.

"Onde é que está a Minji?"

"Na aula. Eu já ia faltar de qualquer maneira, então prometi-lhe que ficava aqui até acordares." Respondeu num tom monótono, voltando a focar-se na revista.

"Bem... já acordei." disse ela.

"Também lhe prometi que não te deixava sozinha, quer estivesses acordada ou não. E sabes que a Minji me mata se eu me for embora."

Merda.

Porque é que tinham de a deixar com ele? Será que não expressava o seu ódio de uma maneira óbvia o suficiente? Ou será que tinha sido ele a insistir– Não, que ridículo! É o Lee Donghyuck que estava a falar! – discutiu consigo mesma.

Apercebeu-se que estava mais uma vez a faltar a uma aula com o rebelde. O rapaz estava definitivamente a tonar-se numa má influência na sua vida, apesar de ele não ter propriamente culpa do seu desmaio.

Não tinha sido ele a não comer nada a manhã toda, nem ao almoço. Porém, era mais fácil culpá-lo. Ajudava bastante em permanecer o ódio que sentia por ele dentro de si, o que dificultava ainda mais em aceitar o seu pedido de desculpas.

BE KIND × Haechan/Lee DonghyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora