BE KIND × Haechan/Lee Donghyuck

CAPÍTULO 38 - Vulnerabilidade

ⁿᵃᵒ ˢᵉ ᵉˢᵠᵘᵉᶜ̧ᵃᵐ ᵈᵉ ᵛᵒᵗᵃʳ ᵉ ᶜᵒᵐᵉⁿᵗᵃʳ ᵒ ᵠᵘᵉ ᵃᶜʰᵃʳᵃᵐ ♡ ᵇᵒᵃ ˡᵉᶦᵗᵘʳᵃ

Quando o Donghyuck acordou, aquela dor reapareceu mesmo antes que ele pudesse abrir os olhos. Ainda nem se tinha mexido e já sentia o peso no seu abdómen. Grunhiu, tentando endireitar o corpo no conforto do colchão.

Olhou para o lado, vendo o lugar onde a sua mãe tinha dormido completamente vazio. A cama era grande e chegava perfeitamente para os dois, o que para ele era um luxo.

Franziu as sobrancelhas enquanto coçava a nuca, pegando no telemóvel com a sua mão livre para ver as horas – 10h12. Não era cedo, mas também não era tarde. Desejava que a sua mãe o tivesse acordado primeiro, antes de desaparecer do quarto sem mais nem menos.

Tinha vergonha de andar pela grande casa sozinho.

Ouviu passos pelo corredor lá fora e logo se emitiram duas batidas leves na porta do quarto. O Donghyuck puxou os lençóis para cima, limpando a garganta com uma tosse forçada para responder. "Entre..."

A porta abriu-se e uma figura feminina entrou pelo quarto com um belo sorriso no rosto.

"Bom dia, menino Donghyuck." ela cumprimentou-o, segurando bem no tabuleiro nas suas mãos. "Tem aqui o pequeno-almoço, se o quiser. A Yumi já deve estar quase a chegar das compras e ela pediu-me para o avisar que tem um presente para si."

Observou-a a colocar o tabuleiro na mesa ao lado da cama, pegando no jarro de vidro e despejando o sumo de laranja para dentro do copo. Voltou a pousá-lo, afastando-se da cama para o encarar.

O rebelde ainda não tinha processado bem a hospitalidade, permanecendo de boca aberta durante mais alguns segundos. Ainda esfregou os olhos, para se certificar que não estava a sonhar.

"O-Obrigado... Como se chama?"

Ela sorriu. "Hyorin. Sou a governanta da casa."

Então era esta a famosa Hyorin. A Yumi tinha razão, era um amor de pessoa.

"Obrigado, Hyorin. Não era preciso isto..."

"É o meu trabalho! E foi a pedido da menina Hwang. Ela insistiu para que eu o ajudasse em tudo, mesmo que você fosse teimoso." ela respondeu, soltando uma gargalhada.

Ele suspirou. "Eu estou bem, não se preocupe. Sabe onde está a minha mãe?"

Tinham adormecido abraçados um ao outro ontem à noite, entre lágrimas e pedidos de desculpas sinceros. Sabia o quanto a sua mãe se sentia mal e preocupava-o ainda mais por desaparecer assim.

"Ah, a senhora Lee foi com as irmãs Hwang, também. Mas estão mesmo a chegar, a Yumi já me mandou uma mensagem."

"Tudo bem..." ele assentiu, não insistindo mais em chatear a mais velha com perguntas dessas. Olhou para o tabuleiro completo por mini croissants de chocolate e sentiu água a crescer-lhe na boca. Voltou a olhar para a empregada. "A Hyorin já comeu?"

"Claro, menino Donghyuck! Isso é tudo para si, não se preocupe. Coma à vontade." ela apressou-se a responder. Depois foi até à outra ponta do quarto, voltando com algo na mão. "Tem aqui o comando da televisão se quiser ver alguma coisa enquanto espera pela Yumi. Ela pediu para que não se levantasse antes dela chegar. Acho que tem a ver com o presente dela."

O Donghyuck virou o olhar para o grande ecrã colado na parede em frente, perplexo por só ter prestado mais atenção no mesmo agora. Era enorme e com certeza devia ter uma qualidade de imagem de outro mundo, tinha reparado nela ontem à noite, mas a sua mente estava demasiado barulhenta para prestar atenção na grande relíquia à sua frente.