Desde nova Heather teve que lutar muito para conseguir algo em sua vida. Abandonada pela mãe aos treze anos com a sua irmã de seis meses, ela teve que morar com seu pai, um alcoólatra sem limites. Diante disso, teve que correr atrás dos seus sonhos...
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''Ser machucado, sentir-se perdido, Ser deixado no escuro, Ser chutado quando você está mal, Sentir como se você estivesse sendo empurrado
Estar a beira de de um penhasco E não ter ninguém lá para te salvar. Não, você não sabe como é, Bem-vindo à minha vida!'' — Simple Plan (Welcome to my life)
Point Of View Heather Ward Jones.
Estados Unidos, Califórnia 15 de setembro de 2015.
Após ser demitida e ter descido até a recepção para acertar tudo o que tinha que acertar, eu apenas deixei aquela empresa sem saber o que fazer. Apesar de não gostar do meu chefe e nem de meu antigo local de trabalho, eu realmente precisava do mesmo mais-que-tudo, visto que o meu pai encontra-se desempregado e quando arruma um emprego, não consegue se manter no mesmo, por muito tempo, por conta do vício da bebida que já o dominou por completo, fazendo dele um escravo do álcool. Ontem mesmo, ele foi mandado embora do trabalho onde trabalhava. Foi despedido porque os clientes reclamavam bastante, dizendo que não queriam ser atendidos por um bêbado que mal sabia o que estava fazendo. Hoje ele deve ter saído novamente à procura de mais um novo emprego, porém, julgo que vá ser difícil, porque hoje em dia é muito trabalhoso arrumar um trabalho ainda mais um alcoólatra que falha com todos os seus compromissos. Tantas e tantas vezes, eu já tentei levá-lo para uma clínica de reabilitação, mas sempre dá no mesmo, porque ele resiste a ir, dizendo que não é um alcoólatra e que quando bem-quiser, pode deixar de beber, mas não é bem assim... Ele está verdadeiramente doente.
Ao sair, eu peguei o destino diretamente para um dos lugares que me acalma, pois, parece que o mar leva com ele todas as forças negativas, permitindo-as correr entre as ondas que se quebram no mesmo.
Tiro os saltos, seguro-os em uma de minhas mãos e começo a andar, sentindo a areia quente queimar levemente as solas de meus pés. Fecho os olhos sentindo esse vento em meu rosto, permitindo que eu relaxe os meus ombros e deixe essa tensão sumir. Ao aproximar-me mais do mar, sento-me na areia, colocando todas as minhas coisas ao meu lado. Olho fixamente para o horizonte e deixo lágrimas quentes descerem de meus olhos, porque eu não sei o que fazer da minha vida sem um emprego. Vai ser difícil arrumar outro onde o salário seja bom. Preciso de um que pague bem, eu tenho que pagar o aluguel de onde vivemos, minha faculdade, e sem contar nas despesas de casa que são muitas para uma jovem adulta de apenas vinte anos.
Às vezes é difícil carregar tudo nas costas.
O bom que a escola da Lucille é pública e de tempo integral. La é o único local onde sei que posso deixá-la tranquilamente e ela vai permanecer bem até a hora que eu puder buscá-la. Conheço boa parte dos funcionários que trabalham lá e eles são ótimos profissionais e uma das professoras de sua turma, gosta muito dela por ser uma menininha muito esperta para a sua idade. Sem contar que ela também cresceu sem uma mãe por perto e saber que a Lucy nunca teve essa figura que é tão importante, fez com que elas se apegassem mais ainda uma com a outra, tornando-as amigas.
