A noite lá fora está calma, sem tempestades ou ventanias, nada de neve ou granizo, entretanto, dentro do quarto de [Nome] não estava tão calmo assim. Seu namorado, Shoyo, estava dormindo calmamente mas acabou acordando pela grande movimentação na cama ao seu lado.
Lá estava [Nome], no meio de um sonho ruim, se mexendo mais que o normal e chorando, ao perceber o que estava acontecendo o ruivo, com calma e delicadeza, puxa a namorada para mais perto e começa o processo de tentar acorda-la.
- [Nome], ei, acorda princesa, é só um pesadelo - A mão do garoto passa calmamente pelas costas da garota.
Aos poucos [Nome] vai acordando, sem saber exatamente o que estava acontecendo. Ela olhou ao redor, era seu quarto, mesmo no escuro é fácil de reconhecer. Os olhos da garota vagaram pelo quarto até encontrar os do ruivo, então ela percebeu onde estava, nos braços de seu amado.
- Oi... - Ela fala com a voz falha.
- Oi, você está bem? - Shoyo deixa o abraço um pouco menos firme para sua namorada se arrumar.
- Hm, acho que sim.
- Tem certeza? Pode falar comigo se estiver algo errado.
- Não muita.
- Pesadelo?
- Mais ou menos, não era um sonho bom, com certeza, mas a situação em si não era tão ruim mas o sentimento era péssimo.
- Quer me contar? Não vou te forçar a nada, mas seria bom você desabafar.
- Ah, eu estava na minha escola antiga, sabe?
- A do fundamental? - A garota concorda levemente.
- Eu estava sozinha no intervalo, como sempre, só que dessa vez parecia pior, acho que tive uma crise de ansiedade ou algo assim, e todo mundo ria de mim, ninguém me ajudava, nem tentavam.
- Já aconteceu algo assim lá? - O ruivo move uma de suas mãos para a cabeça da garota e inicia um cafuné.
- Não, geralmente eu me escondia para ter crises e não parava de andar no intervalo para ninguém querer implicar comigo lá.
- Sei... O sonho acabou aí? - Ela nega.
- Eu ouvia as risadas e só piorava tudo, quando eu percebi eu estava chorando deitada no chão em posição fetal, eu estava chorando muito e doía, não era uma dor física, era mais psicológico mas a dor era maior que várias dores físicaa que eu já senti, ainda tinha um vazio, foi bem ruim. É o pior sonho que eu consigo me lembrar, a maioria eu só acordo triste ou chorando um pouquinho, sem lembrar do porquê - Ao notar o olhar triste do namorado, [Nome] força um sorriso - Mas eu estou bem agora, é sério.
- Mas as memórias ainda mexem com você.
- Mais do que eu gostaria de admitir - [Nome] suspira. - Sempre que eu falo que já passou volta e parece que volta pior.
- Eu queria achar as pessoas que fizeram isso com você e bater nelas - O ruivo consegue arrancar uma risada da garota.
- Não valeria a pena, não mesmo, eram só babacas quaisquer. O problema é meu no final, talvez eu precise de terapia para ajudar a superar.
- Se quiser eu te ajudo a falar com seus pais sobre, então eles podem te levar no psicólogo.
- Hm, não quero preocupar eles.
- Uma hora eles vão te ver ou ouvir seu choro e não vai ser pior que você mesma ir lá, preparada, e contar?
- Vai...
- Então.
- Eu sei mas, hm, podemos falar disso depois? Queria só que você me abraçasse e que voltássemos a dormir - [Nome] se aconchega mais nos braços do namorado.
- Você consegue voltar a dormir?
- Sim, eu acho, com você aqui eu sei que estou protegida.
- Ainda bem, nunca deixaria que nada nem ninguém mexesse com você.
- Eu sei, você é meu herói.
O casal conversou por mais algum tempo até [Nome] finalmente voltar a adormecer, o ruivo ainda ficou mais um tempo olhando para a namorada e fazendo carinho na mesma antes de dormir.
Hinata cumpriria sua promessa, não deixaria mais ninguém machucar [Nome] e seria o herói da sua princesa, não tão indefesa assim.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Inspirado em uma situação que aconteceu com a autora, mas eu não tinha ninguém para me ajudar e conversar, enfim, pelo menos ajudou a escrever um capítulo.
