Quebrada- Toru Oikawa.

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[Nome] fala animadamente sobre o anime que tinha visto recentemente, dando pequenos pulinhos por causa da animação, ato que ela faz sem perceber.

Oikawa sentia falta da amiga assim, feliz e animada, ela sempre foi assim, até começar a namorar com o ex. Aquele bosta, como Toru o chama, sugou tudo que pode de bom da garota, foi o pior namorado possível e machucou sua garota. Ele deixou ela quebrada, ferrada mentalmente, em menos de um ano de relacionamento, [Nome] deixou de ser o Sol brilhante para ser uma sombra dela mesma.

Felizmente o relacionamento havia acabado e a garota acabou procurando ajuda e aos poucos está voltando a ser a pessoa brilhante que um dia foi.

- Ei, você está apertando meu ombro - A garota reclama e entrelaça seus dedos com o do garoto por cima do ombro mesmo.

A posição preferida do garoto para andar com a amiga é passar seu braço por cima do ombro dela e andar o mais perto possível da garota, e as vezes [Nome] entrelaça os dedos dele. O simples contato e proximidade com a garota já deixa o moreno no céu.

- É que eu te amo demais.

- Ou você só é muito carente.

- Tem essa opção também - Ambos riem.

- Aqui vende aquele sorvete que a gente gosta - [Nome] aponta para a sorveteria - Quer que eu compre para gente?

- Quero sim.

- Passa o cartão, burguês.

- Você é horrível - Oikawa reclama, mas dá o cartão para a amiga - Você sabe a senha.

- Sei sim e é meu pagamento, eu que vou enfrentar a fila, espera aí, já volto.

A fila não estava grande, mas também não estava tão pequena, a garota demoraria um pouco para voltar. A falta do contato com [Nome] se fez presente, sua mão parecia estranha sem a dela e seu cheiro tinha se afastado junto com ela.

Toru era apaixonado pela amiga a muito tempo, mas o moreno nunca tentou nada, ele tem uma fama ruim e a garota nunca demonstrou nenhum sentimento diferente. Se contentar com a amizade provavelmente era o melhor para ele poder continuar perto dela e cuidar da amiga. Não era o ideal, muito menos o melhor, mas era o que dava para ser feito.

Ele só quer o melhor para ela e talvez o melhor não fosse ele.

- Eu tinha razão de então gostar da amizade de vocês, você nunca quis ela como apenas uma amiga - A voz masculina deu ânsia de vômito em Toru.

- O que você quer?

- Com você? Nada, com a [Nome]? Muita coisa - O sorriso malicioso dele quase fez Toru vomitar.

- Você é ridículo, ela não quer falar com você, ela não quer nem ver você na frente dela. - Oikawa cruza os braços e encara o garoto.

- Ela disse isso?

- Várias vezes - Não era totalmente mentira, a garota havia mesmo falado que não queria ver ou falar com o ex, mas apenas uma vez, ela evita falar do garoto.

- Eu só acredito falando com ela - O babaca tenta passar por Oikawa, mas é puxado por Toru para trás, voltando a posição original.

- Não você não vai falar com ela, você não vai chegar perto dela, se quer vai vai olhar para ela.

- Você vai me impedir?

- Vou.

- Você é ridículo, só um viadinho assustado que não consegue nem se declarar para [Nome] - O mais baixo debocha.

- Como se isso fosse da sua conta.

- Agora não é, mas vai ser quando eu voltar com ela.

- Como se ela quisesse voltar com você.

- Ela quer, só não sabe disso ainda.

- Deixa ela paz - Oikawa suspira, se segurando para não socar o babaca - Você nem gosta dela.

- Não mesmo, nunca gostei, mas você entenderia o porque eu quero ela se sentisse como ela senta gost...

Antes de deixar ele terminar Oikawa se prepara para socar bem na cara do babaca, mas é impedido pela mão de [Nome].

- Não vale a pela Toru - A garota vira de costas para o ex e olha nos olhos do amigo - Só, segura isso para mim, rapidinho - Ela entrega um sorvete, o favorito de Oikawa, e um milkshake, o favorito dela, para o amigo.

- [Nome]... Você entendeu tudo errado, eu-

O chute que a garota deu foi forte e certeiro nas partes baixas do ex, o garoto cambaleou e [Nome] deu um soco no rosto dele. Ao velo caído e com uma belíssima marca roxa nos olhos, ela sorri, se abaixa e puxa o cabelo do garoto, o forçando a olhar para ela.

- Você é a personificação do que eu mais odeio no mundo, eu tenho nojo de você. Nunca mais olhe para mim, nunca mais pense em tocar em mim. Eu te odeio - Dito isso a garota larga o cabelo dele e ele caí, derrotado - Vamos, cansei do shopping - [Nome] pega o milkshake com uma mão e entrelaça a outra com a do moreno.

Ainda meio atordoado, mas sorridente, Toru segue a garota, seja lá para onde ela esteja levando ele. O caminho foi curto, estavam perto de uma saída do shopping e a garota parecia decidida para onde ir. Um parque ao ar livre que o moreno tinha algumas lembranças de ir na infância.

- Sua mão está doendo? - Oikawa analisa a mão da amiga, vermelha, porém sem machucados.

- Não, está tudo bem, relaxe. Devia ter batido mais forte, não saiu sangue - Ela fala fazendo um bico com os lábios e o moreno ri.

Ali não era a garota que foi machucada, que tinha sido quebrada e jogada fora como um objeto. Era sua amiga de infância que ria de qualquer piada idiota que ele soltava, que ria mesmo quando falava o joelho e que nunca abaixou a cabeça para ninguém.

- Você tem um soco bom.

- Eu tenho... Obrigada.

- Eu não fiz nada.

- Me defendeu e ia bater nele por mim.

- Isso não é nada.

- E ficou ao meu lado quando eu mais precisei, eu estava quebrada e você me ajudou a me remontar, obrigada, sério.

- Eu sou incrível, eu sei - Ela bateu de leve no ombro dele - Eu só estive do seu lado, como você estaria do meu.

Os dois adolescentes ficam algum tempo em silêncio vendo as crianças brincarem um pouco longe. O dia já estava no fim, os últimos raios de Sol batiam no rosto da garota, a deixando ainda mais bonita.

- Eu gosto de você também - [Nome] fala de repente, sem olhar para o garoto - Não como amiga, como algo mais, há muito tempo na verdade. Eu, bem, tinha medo de falar sobre com você levar um fora, então guardei meus sentimentos e segui. Então apareceu aquele babaca, ele parecia legal sabe, então... Eu fui um pouco burra.

- Você não é burra.

- Um pouco eu sou sim - [Nome] apoia a cabeça no ombro de Toru - Se você quiser a gente pode tentar, já acham que a gente namora mesmo.

Oikawa não fala nada, apenas beija o topo da cabeça da garota, joga seu braço pelo seu ombro e ela entrelaça os seus dedos com os dele.

Palavras não eram necessárias naquele momento, o cheiro de ambos de misturando e um sentindo o calor do outro já dizia mais que o suficiente.

Palavras não eram necessárias naquele momento, o cheiro de ambos de misturando e um sentindo o calor do outro já dizia mais que o suficiente

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