X

87 1 0
                                    

"Passaram cerca de 2 meses, e com a mudança de familia, também vieram coisas novas, eu aceitei a situação e o Umbert sabe agora o que sinto, namoramos sim... e ele tem-me defendido de tudo, aquelas miudas estúpidas que gostam muito dele, despersaram e ja não me incomodam.

Está tudo a correr bem, tenho o melhor irmão de sempre, ele não é bem um irmão, porque ele é meu amigo, meu melhor amigo... não se trata só da parte do Ken ser meu irmão, trata-se de eu ser quem sou para ele e ele ser quem é para mim e mesmo que ele não fosse agora um integrante na minha nova família, ele seria quem é para mim na mesma, porque ele ser ou não meu irmão, agora não me importa, o que importa é que ele remexeu a minha vida sentimental e tornou-a melhor, ele é um dos principais elementos dela...isto quer quase dizer "se ele não existisse eu inventava-o" mas eu acho esta expressão está tão gasta pelas bocas por onde já passou, que decidi que explicar tudo por palavras que sinto, seria muito mais original do que expressar tal coisa com expressões já inventadas e gastas pelo tempo."

Acabei de escrever no meu diário... eu não gosto muito de lhe chamar diário porque na verdade, um diário é para ser atualizado todos os dias e eu sinceramente escrevo no meu quando e apenas quando quero expressar sentimentos, depois é só acrescentar "palha" para que esse meu sentimento não pareça tão direto quanto é.

Já se fazia tarde, talvez já estivessem todos a dormir, mas eu sabia que não, o Ken ia ter uma prova importantíssima na faculdade, ele tinha entrado à pouco tempo no mundo adulto (com isto quero dizer, no mundo após os 19 anos, ele ainda tinha 20), ele deveria estar no quarto com a porta coberta de pôsteres , ainda a estudar, eu sabia qie ele já deveria estar farto então bati á porta, ninguém respondeu, espreitei pela fechadura e as luzes estavam acesas, abri muito lentamente a porta, e pude ver por uma fresta que ele tinha adormecido enquanto estudava. Estava deitado por cima da cama feita, apenas com um cobertor por cima que lhe tapava apenas até aos joelhos, vestia já o pijama, e os cabelos castanhos escuros estavam despenteados como se lhes tivesse mexido centenas de vezes.

Cheguei perto dele e tirei com cuidado o livro dos seus braços pousados sobre a barriga, fui ao meu quarto e peguei num dos meus cobertores, um rosa que tinha sido mesmo ele a oferecer-me, voltei para o querto dele e estendi o cobertor por cima dele, depois escrevi no meu bloco "depois devolve-mo, mas fica com ele o tempo que precisares. ;)

Boa sorte com o teste.

p.s- adoro-te"

Arranquei a folha do bloco e deixei ao lado da almofada dele.

Deitei-me depois, já era bem tarde.

                       

Se este amor durarOnde histórias criam vida. Descubra agora