Almoça mos e mesmo com os olhares estranhos que os outros me lançavam, eu sentia-me bem, estava com quem mais queria estar. Depois do almoço vagueamos pela escola e eu ouvi-o falar sobre muitas coisas, coisas que por mais insignificantes que fossem, para mim eram coisas que completavam o meu dia, até que quando se instalou o silêncio ele pediu:
-Dás-me o teu número ? Eu... bem...eu gostava de poder falar contigo... mais logo ou noutra ocasião qualquer.- disse ele timidamente, então eu arranquei uma extremidade da primeira folha do bloco e escrevi 9100006778. Entreguei-lhe o papel e ele dobrou com geitinho e guardou no bolso depois continuou a falar, desta vez sobre algo que me interessou:
-Eu sou filho único, então os meus pais falaram-me sobre arranjar-me um irmão ou irmã, mas acho que eles vão adotar alguma criança ou um bebê, não sei bem, mas também nunca imaginei ter um irmão.
"porque é que eles vão adotar?" escrevi eu no bloco, ele leu e respondeu:
- Eles pertencem a uma empresa de caridade e são fundadores de um grupo de solariedade, tu sabes... essas coisas de paz e amor e um mundo melhor...então eles acharam bom adotar... vou conhecer o meu novo irmão ou irmã no sábado daqui a dois dias...
Depois de tocar para dentro não aconteceu mais nada de especial até ir embora, apenas os olhares invejosos e ciumentos das pessoas...maioritariamente das tais raparigas...
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Se este amor durar
Romancequando posso escrevo, vou presenciar agora o que acontecerá se eu escrever para quem quiser ler. Decidi começar com algo realista mas que poderá chegar a mostrar realmente quem somos, como é a nossa "base" por assim dizer, não ...nós não precisamos...