VIII

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Mesmo com o receio de que aquele  .  casal fossem os pais de Umbert, eu não contei nada àquele meu amigo que se dizia meu admirador... na verdade quando pensava que poderia ficar conhecida como irmã dele, poderia isso estragar tudo? Eu realmente estava a começar a gostar dele, mas aproximava-se o dia, eu ia estar perante um medo meu, tudo indicava que ele poderia ser mesmo o meu futuro irmão.

                       ***

Dois dias depois daquela visita, daquela mensagem, na segunda feira era o dia exato... estava prestes a desaparecer daquela casa.

8:00 e eu levantei-me, ao meu lado a minha mala encontrava-se feita, os livros arrumados por ordem numa outra mala á parte e apenas a roupa que tinha escolhido com muito cuidado, se encontrava ali, sobre a cadeira da secretária que eu certamente não iria ver mais.

Bateram á porta do quarto pouco depois de eu acabar de fazer a minha cama e de me vestir. lá de fora a voz feminina mas severa da governante Mr.Pollins:

"Despacha-te rapariga! Daqui a nada vêm buscar-te e ainda tens de tomar o pequeno-almoço, nós preparamo-lo para ti!"

Mas desde quando é que aquela mulher rabujenta com cara de bruxa se preocupa comigo o ponto de me fazer o pequeno almoço?

Ela deveria estar mesmo muito feliz, em tempos que não adotavam ninguém daquela casa, pelo menos defenitivamente, Mr.Pollins deveria querer mesmo ver-se livre de mais algum, para ela era o lucro da adoção mais o facto de não ter de pagar as despesas de menos uma pessoa lá na casa.

Desci enquanto arrastava a mala e no outro braço trazia a 2° mala dos livros. Na cozinha lá estava, o leite com cereais que eu tanto adorava e que eu tinha sempre de fazer por mim mesma.

Demorei me a comer, não sentia ansiedade de ver a minha nova casa, a minha niva familia nem sequer ansiedade de conhecer o meu ou a minha nova irmã.

Simplesmete fui até lá fora, disse adeus á porteira que esboçou um sorriso triste e me acenou.

O carro deles era grande de sete lugares e com uma mini televisão entre os primeiros assentos. Puseram as minhas coisas na mala também enorme, e eu fui-me sentar num dos bancos de trás, onde seria mais fácil pensar sossegada.

No início da viagem conseguiram não me fazer perguntas ou comentários mas 5 minutos depois:

- Deves ter ficado a pensar porque é que o nosso carro é tão grande. nós não temos muitos filhos nem uma grande família, mas quando nos casa mos, pensamos logo em ter uma grande família e como tínhamos possibilidade compra mos este carro, mas agora também nos adapta mos muito a ele e não compra mis mais nenhum, pode ser que um dia um filho nosso venha a ter uma grande familia e precise dele. Claro que eu não disse nada... não podia...

Se este amor durarOnde histórias criam vida. Descubra agora