chapter 8

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Ariana pov

Acordo cedo com o meu despertador tocando, pego meu celular atrás de mim e desligo o despertador.

Agarro o corpo de Billie que se mexe, começo a mexer no cabelo dela, tão macio liso....

Esse cabelo maravilhoso que deixa qualquer um hipnotizado, não resisti meus pensamentos impuros. Imagina poder beijá-la, puxar esses cabelos e arranhar sua pele… não aguento com esses pensamentos.

— Dorminhoca, acorda... — Beijei sua nuca e toco em seu abdômen definido, ela se mexeu levemente.

— Ariana, eu tenho cócegas.— Sua voz rouca de sono me deu arrepios, ri de sua fala e puxei ela para o lado.

— Vamos tomar café? – Ela me encarou com os olhos inchados e negou com a cabeça.

— Tá doida Ariana? Quer que eu seja humilhada pelos seus pais? – Franzi o cenho e toquei em seu rosto.

— Você não vai ser humilhada... eles vão ter que se acostumar com a sua presença, você vai dormir aqui sempre que puder.

— Você está ficando doida...— Ela senta na cama e eu reviro os olhos. Eu levanto e fico na frente dela, coloco minhas mãos nas coxas dela e me aproximo, seus olhos lutavam para não desviar.

Acho engraçado seu nervosismo.

— Você vai tomar café da manhã comigo, sim! – Ela concorda com a cabeça e eu sorrio.— Eu vou colocar outra roupa.— Vejo ela virar ficando de costas para mim, sorri. — Não precisa se virar, se não quiser.

— Mas eu quero, então tá tudo bem. – Soltei um riso e ela respirou fundo.

Peguei uma roupa quente no meu armário e vesti, olhei para ela que mexia no celular. Me aproximei dela e vi que conversava com sua irmã, gente, elas se parecem muito!

— O que houve com sua irmã? – Sussurrei em seu ouvido e ela fechou os olhos por poucos segundos.

— Ela disse que o pai bateu no meu irmão de novo, porque ele perdeu o horário da escola... Eu vou pegar esse filho da puta hoje!— Eu arregalei os olhos e a abracei por trás.

— Vamos tomar café...

— Não vou poder demorar muito, preciso cuidar dos meus irmãos, tirá-los de perto daquele monstro.

Eu seguro o braço dela e a mesma levanta, sua expressão era de raiva, a abracei e ela suspirou, sua expressão suavizou.

Me afastei e sorri para ela, que estava triste. Não quero vê-la assim, não gosto disso.

Descemos as escadas e entramos na cozinha, meus pais estavam lá, encaravam a Billie da cabeça aos pés.

— Bom dia mãe e pai, essa é a Billie. – apontei para a garota que exibiu um sorriso fraco.

— Bom dia senhor e senhora Grande's, vocês já devem me conhecer.

— Sim... o que exatamente está fazendo aqui, Billie? – Meu pai perguntou.

— Bom, eu...

— Ontem a Billie trouxe um remédio para mim, estava tarde e ela se esforçou para trazer. Fiz questão que ela me fizesse companhia até o amanhecer.

— Fez muito bem Billie, mas tome cuidado com essas ruas escuras.– Minha mãe foi gentil com Billie, que sorriu verdadeiramente para ela. — Você quer tomar café? — Minha mãe pergunta enquanto eu puxo uma cadeira para a Billie sentar.

— Se não for um incômodo Senhora Grande...

— E se for? — Meu pai pergunta e eu o olho indignada.

— Se for eu terei que ir embora, não quero incomodar os senhores. — Eu seguro a mão dela.

— Pode sentar... — Ela senta na cadeira e eu sento ao seu lado.

— Então Billie, há quanto tempo está no colégio?

— Um mês e meio, recebi uma proposta para estudar no colégio pelas minhas boas notas, fiz uma prova e alguns testes, acabei passando pelo meu desempenho.

— Oh sim, com quem você mora? — Eu percebo ela se mexer na cadeira como se estivesse desconfortável.

— Com meus dois irmãos e o pai deles.

— Ele não é seu pai?

— Ele é, mas não o considero.

— E por que não? — Ela mexe sua boca como se não soubesse o que falar.

Coloco minha mão em cima da dela.

— Não precisamos falar sobre isso.— Eu interrompi sua fala e coloquei um pouco de café em uma xícara. — Aqui, Bill...

— Obrigada. — Ela bebe o café, sendo analisada pelos meus pais, ela estava desconfortável era evidente. — Foi um prazer passar esse mini tempo com os senhores, desculpa o incomodo, eu preciso ir para casa.

Ela levantou e eu fiz o mesmo.

— Ok Billie, tenha um bom dia! –  Minha mãe diz e sorri.

— Obrigada Senhora Grande.

— Eu vou com você, Billie… — Ela balança a cabeça para os lados, eu apenas segurei a mão dela e entrelacei nossos dedos. — Tenha um bom dia, Pai e Mãe!

Eu puxei ela para fora, que me encarou em confusão.

— Ariana, o que você está fazendo?

Ela pergunta soltando a minha mão. O que eu iria fazer? Apenas impedir que ela perca o controle com o pai dela.

— Vou com você ué, quero conhecer sua casa.— Ela suspira e me puxa até o ponto de ônibus.

— Ainda quer ir?

— Mas é claro! — Ela senta no banco e eu sento do lado dela, encosto minha cabeça no ombro dela, o ônibus demorou. Nós entramos e eu percebi que todos os lugares estavam ocupados, menos um. Ela me puxa até o lugar e me " empurra " ali, fazendo eu sentar no banco.— Vai ficar em pé mesmo?

Ela concorda com a cabeça e eu suspiro, por que ela está brava? Eu só queria entender isso.

O motorista parou o ônibus e nós descemos, ela segura minha mão e fomos andando até uma casa pequena mas bem bonita por fora.

Ela pegou uma chave no bolso e abriu a porta, após entrarmos ela trancou e respirou fundo.

— Minha casa é humilde mas eu só quero pegar umas coisas.– Ela entrou no quarto, a casa estava silenciosa.  — Aqui, você está só com essa camiseta, é está frio — Ela me entrega um moletom amarelo e eu sorrio.

— Obrigada — Ela sorri e pega algo em seu armário. — Cadê seus irmãos?

— Estão estudando, eles têm aulas extras para se ocuparem.

— Isso é interessante, eles gostam disso?

— É bom para eles, menos estresse, mais tempo com os amigos.

— Isso é bom… Billie, sobre aquele negócio da paixão, eu acho que tô apaixonada. Ela vira lentamente e olha para mim, seus olhos vacilaram um pouco.

— O quê?!

Perfect Love - Billiana (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora